Imigrantes: Bispo de Viseu contra discriminações

D. Ilídio Leandro considera que partir em busca de melhores condições de vida é um direito pessoal D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, manifestou-se a favor dos imigrantes, considerando que partir em busca de melhores condições de vida é um "direito pessoal".

Em Nota a respeito da 37ª Semana Nacional das Migrações e Mobilidade Humana, que será celebrada em Portugal de 9 a 16 de Agosto em volta do tema "Viver o Amor fraterno sem distinções nem discriminações", o Bispo deixa uma "proposta de reflexão sobre a relação a construir e a viver com todas as pessoas, sobretudo com aquelas que não conhecemos ou que, por motivos de busca de condições de vida para si mesmas e família, optam pela migração".

"Imigrantes e emigrantes são pessoas que deixam a sua situação concreta de vida e assumem os riscos da aventura, do diferente e do novo. É o exercício de um direito pessoal, a que corresponde o dever de lhes ser permitido estabelecer-se, com condições de igualdade e dignidade, para viverem de acordo com situações justas de todos os outros concidadãos", defende D. Ilídio Leandro.

O Bispo de Viseu escreve que "o Mundo é, cada vez mais, uma Casa comum, onde todos, sem qualquer distinção, discriminação ou exclusão, devem encontrar e ter lugar para viverem com a sua família, para trabalharem em condições iguais a todos os outros, para realizarem as suas expectativas de sentido e de futuro".

"Estes direitos são fomentadores de fraternidade, de solidariedade e de tolerância mas supõem e exigem, naturalmente, os correlativos deveres. A integração em concórdia, em cooperação e em respeito pelas tradições culturais, sociais e religiosas, favorecendo a paz e construindo o bem comum, é o primeiro e principal destes deveres", acrescenta.

D. Ilídio Leandro deixa um conjunto de apelos às comunidades católicas, pedindo que "acolham e respeitem, como irmãs, todas e quaisquer pessoas, independentemente da sua origem, etnia, cor da pele, religião ou cultura".

"Peço que, como Cristãos que vivem e praticam o Evangelho e aceitam as suas consequências, denunciem todas as injustiças e formas de marginalização ou faltas de respeito pela dignidade de quem quer que seja", prossegue.

Este responsável propõe como "um gesto de acolhimento fraterno" convidar todos os migrantes (emigrantes, imigrantes e ex-migrantes) para a Eucaristia do próximo dia 16 de Agosto, "preparando-a com sinais onde eles se sintam incluídos".

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