Da Índia para Portugal: testemunho de um padre ao serviço do Patriarcado de Lisboa

Há três anos na diocese de Lisboa, o P. Jacob Puthiyaparampil relata o seu dia-a-dia como pároco e descreve algumas das diferenças entre os dois países Acompanhar o dia-a-dia de um sacerdote que há três anos veio da Índia para o Patriarcado de Lisboa é a proposta da terceira semana do blogue «Uma Semana com… um Padre».

Os textos do P. Jacob Puthiyaparampil, escritos em Inglês e Português perceptíveis mas ainda a precisar de correcções, permitem que os leitores conheçam as fases mais importantes da sua adaptação a Portugal.

O primeiro «post» apresenta as etapas principais da vida do sacerdote: infância, percurso no Seminário, ordenação, responsabilidades que lhe foram atribuídas, vinda para Portugal – decidida de acordo com o bispo da sua diocese e o Cardeal Patriarca – e, por fim, o resumo dos três primeiros anos na diocese de Lisboa.

"Não se esqueça que é um estrangeiro"

As impressões sobre Portugal, que se expressam através da comparação com realidades semelhantes na Índia, são um dos motivos de interesse destes textos.

A nível de Igreja, por exemplo: no ano em que o P. Jacob entrou no Seminário, havia 120 candidatos, mas só 30 é que foram admitidos; na sua diocese de origem – Palai, Sul da Índia – há 187 paróquias e 450 presbíteros. A dificuldade em ter uma consulta médica e as contrariedades relacionadas com as viagens para o seu país natal são igualmente mencionadas no blogue.

A par destas considerações, o P. Jacob relata as tarefas e os encontros relacionados com a sua função de pároco de Monte Abraão. No texto publicado hoje, é narrada uma reunião com pais que pretendiam baptizar os seus filhos. Tudo correu bem, à excepção da conversa "terrível" com um dos casais. Ao ver o seu pedido negado, em virtude de os padrinhos não cumprirem os critérios estabelecidos, a mãe advertiu o P. Jacob: "não se esqueça que é um estrangeiro". Depois de referir que o marido o ameaçou de morte, o sacerdote conclui: "Hoje em dia estou habituado a este género de conversa, mas na verdade perdi toda a vontade de fazer mais alguma coisa"; "fiquei desanimado e fui para a cama triste".

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