Cáritas multiplica esforços em Aveiro

Um exemplo da acção diversificada desta organização católica, marcada pelo espírito de solidariedade A Cáritas de Aveiro é, ao nível da Diocese, o organismo oficial da Igreja Católica destinado à promoção e exercício de acção social. Tal como as suas congéneres no resto das dioceses, é uma instituição marcada pelo espírito de solidariedade, com diversas valências, que procuram responder às dificuldades mais sentidas pelas populações. A aposta vai para a acção junto dos mais necessitados, desenvolvido em diversas áreas, do atendimento a vítimas de violência doméstica à acção social nas paróquias. Em tempos de crise, o auxílio na aquisição de vestuário ou alimentos pode fazer toda a diferença. O mesmo se passa no apoio às crianças em risco ou no acolhimento aos sem-abrigo. O Programa Ecclesia foi ao encontro deste trabalho: 13 menores vivem no mesmo espaço do jardim-de-infância, mas nem por isso o Centro deixa de ser um lar, a casa que nunca tiveram – enquanto aguardam por uma solução, que teima em não chegar. A Cáritas procura, por isso, que este tempo de espera seja o mais normal possível. No Centro de Acolhimento Infantil, a par da creche e do jardim-de-infância, são acolhidas crianças em risco. O espaço tem instalações provisórias desde a sua criação em 1990 e José Alves, presidente da Caritas Diocesana de Aveiro, confessa que “tem havido diversos esforços no sentido de procurar criar novas instalações”, algo que neste momento se encontra mais perto, dada a cedência de um terreno, com 5 mil metros quadrados. Na sede da instituição, multiplicam-se os pedidos para o apoio social, para as necessidades do dia-a-dia. “Ultimamente têm surgida muitos pedidos de apoio para o pagamento de rendas de casa ou prestações, com atraso significativo de vários meses”, diz José Alves. O aumento verifica-se igualmente em situações de carência quanto a “bens alimentares”. A Caritas sabe que aquilo que oferece não chega para sustentar as pessoas, mas é uma “ajuda”. O número de famílias inscritas passou de 87 para 109, entre 2007 e 2008, cenário que tende a agravar-se nos próximos tempos. A instituição oferece ainda um núcleo de atendimento a vítimas de violência doméstica, que desde Outubro do ano passado já conseguiu dar resposta a 30 casos. Isabel Lemos, psicóloga no núcleo, destaca a confidencialidade do espaço, procurando que a pessoa “se sinta segura e tranquila”, o primeiro espaço onde se sente “verdadeiramente protegida”. Dar a conhecer os direitos das vítimas e encaminhar para todos os apoios necessários são tarefas do núcleo, em articulação com diversos serviços. As situações que surgem com mais recorrência são as de “violência psicológica”, embora surjam casos de agressões físicas.

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