O secretário-geral da Conferência Episcopal da Itália (CEI), D. Mariano Crociata, condenou as agressões contra imigrantes na Itália, que definiu como um resultado “da ausência de valores”, e defendeu o direito à “liberdade religiosa”. D. Crociata disse que “o acolhimento [dos imigrantes] deve ocorrer respeitando as leis e a vida social e nacional”, mas ressaltou que a hospitalidade “não pode nunca ser reduzida”. “Uma vez no território nacional, os imigrantes são pessoas que devem ser acolhidas e os seus direitos devem ser defendidos e respeitados”, acrescentou. O representante da CEI, no entanto, defendeu o direito dos imigrantes à “liberdade religiosa” e “a professar o próprio culto da forma que o ordenamento democrático e constitucional italiano prevêem”. Nas últimas semanas, tem aumentado a tensão entre a comunidade islâmica e políticos conservadores, contrários à construção de novas mesquitas no país. O secretário-geral confirmou ainda a decisão da CEI de criar um fundo, que será financiado através da colecta de donativos no país, para ajudar as famílias italianas que se encontram em dificuldade por causa da crise. Redacção/ANSA