O Dogma da Imaculada Conceição pode ser explicado como “o sonho” de perfeição que vive em cada pessoa. Quem o diz é o Bispo do Funchal, D. Teodoro Faria. «No mais íntimo de cada um de nós, há um sonho, um desejo profundo de estar fora de qualquer mal ou de qualquer desordem. Gostaríamos de ser uma criação harmoniosa, livre, uma espécie de terra santa, cidadãos de um mundo novo e sem mancha», referiu o prelado na homilia proferida ontem na Sé do Funchal, durante a celebração da Solenidade da Imaculada Conceição. D. Teodoro Faria recordou que «todos sonhamos com a terra das nossas raízes e do nosso futuro, a terra da felicidade e da beleza incontaminada, o paraíso perdido, longínquo e desconhecido, do qual sentimos uma imensa nostalgia. Este sonho repousa no íntimo profundo do ser humano, como uma força cósmica que atinge todas as criaturas. Todos queríamos pertencer a uma humanidade purificada, límpida e bela, sem ódio nem guerra, sem violência nem terrorismo”. “A Imaculada Conceição, para além da verdade do Dogma, é um projecto que gostaríamos que fosse real, uma humanidade sem desordem moral ou física, sem dor nem morte, sem pobres nem deficientes, um jardim sem folhas mortas nem flores murchas”, acrescentou.