Bento XVI condena «falsa solução» da eutanásia

Papa apela à defesa da vida na sua fase terminal e lembra importância dos religiosos na Igreja Bento XVI condenou este Domingo a “falsa solução” da eutanásia, considerando que esta forma de enfrentar o sofrimento é indigna do ser humano. “A verdadeira resposta perante a dor deve ser o amor”, disse o Papa aos peregrinos reunidos no Vaticano, para a recitação do Angelus. Lembrando que a Conferência Episcopal Italiana promove no dia 2 de Fevereiro uma Jornada pela Vida – especialmente vivida em função do caso de Eluana Englaro –, Bento XVI diz que nas palavras do Bispos está presente “o amor dos pastores pelo povo e a coragem de anunciar a verdade, a coragem de dizer com clareza, por exemplo, que a eutanásia é uma falsa solução ao drama do sofrimento, uma solução indigna do homem”. “A verdadeira resposta não pode ser, de facto, dar a morte, embora seja cómoda, mas testemunhar o amor que ajuda a enfrentar a dor e a agonia de um modo humano. Tenhamos a certeza de que nenhuma lágrima, nem de quem sofre, nem de quem lhes está próximo, se perde perante Deus”, acrescentou. O Papa afirmou que “Jesus deu sentido ao nosso sofrimento, sentido que muitos homens e mulheres de cada época entenderam e fizeram seu, fazendo a experiência de profunda serenidade mesmo na amargura de duras provações físicas e morais”, assinalou. Bento XVI começara por comentar o Evangelho deste Domingo, observando que “Jesus não só expulsa os demónios das pessoas, libertando-as da pior escravidão, mas proíbe os próprios demónios de revelarem a sua identidade”. Trata-se de “uma singular característica” do Evangelho de São Marcos, proposto ao longo deste ano, isto é, o chamado “segredo messiânico”: Jesus não quer que se saiba, fora do grupo restrito dos discípulos, que Ele é o Cristo, o Filho de Deus. Após a recitação do Angelus, o Papa recordou a celebração, nesta Segunda-feira, da festa litúrgica da Apresentação de Jesus no Templo, momento em que “se manifesta a consagração de Jesus a Deus Pai, e, ligada a essa, a da Virgem Maria”. Uma data que João Paulo II quis que fosse celebrada como a “Jornada das pessoas consagradas”. Em Roma, no final da Missa, que terá lugar como habitualmente na basílica de São Pedro, presidida pelo Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada, o próprio Papa dirigirá uma saudação aos presentes. “Convido todos a dar graças ao Senhor pelo precioso dom destes irmãos e irmãs, e a pedir-lhe, por intercessão de Nossa Senhora, muitas novas vocações, na variedade dos carismas de que é rica a Igreja”, concluiu Bento XVI. Foto: Lusa

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top