Pax Christi pede paz para Gaza

“Um inferno de horror, morte e destruição, de lutos, dor e ódio está a abater-se por estas horas sobre a Faixa de Gaza e o território israelita adjacente”, é o que afirma “Pax Christi” num apelo pelo fim das hostilidades. O apelo inicia citando palavras do pároco da paróquia da Sagrada Família, em Gaza, Pe. Manuel Musallam – único sacerdote católico da Faixa de Gaza -, em que afirma: “O que está em andamento em Gaza é um massacre, não um bombardeamento, é um crime de guerra e mais uma vez ninguém o diz”. No seu apelo, a “Pax Christi” dirige-se aos chefes políticos e militares israelitas, pedindo-lhes que considerem que está a atingir, matar e ferir centenas de civis. “Não é possível que os senhores não tenham calculado isso”, é impossível não saber “que em Gaza não existem objectivos a serem atingidos cirurgicamente”. “Não é possível que não tenham considerado que há muito tempo é a população de Gaza que vive sob embargo, sem corrente eléctrica, sem alimento, sem medicamentos, sem a possibilidade de fuga”, acrescenta o documento da organização católica. A “Pax Christi” dirige-se também aos chefes de Hamas, pedindo-lhes que considerem que os seus rockets artesanais lançados contra cidades israelitas próximas da fronteira são instrumentos de destruição e de morte, criando inutilmente medo e tensão entre os civis. “São uma absurda e louca reacção à opressão sofrida, que se presta como álibi para uma agressão ilegal”, acrescenta. Israel vai fazer, a partir de hoje, uma pausa diária de três horas nos bombardeamentos a Gaza para permitir um “corredor humanitário”. Os bombardeamento serão interrompidos todos os dias entre as 12h e as 15h anunciou a porta-voz militar Avital Leibovich. Este corredor humanitário permite levar alimentos e outros bens essenciais à população palestiniana na Faixa de Gaza. Nos últimos 11 dias, as autoridades de Israel afirmaram que estavam a permitir a entrada de suprimentos suficientes no território palestiniano. Mas, para as Nações Unidas a população de Gaza já está a viver uma crise humanitária devido à falta de comida, combustível e remédios. (Com Rádio Vaticano)

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