Papa: Francisco convidou jovens a «cultivar o espanto» e a «aproximarem-se dos mais necessitados»

Em audiência a jovens da Ação Católica italiana, o Papa pediu que a vivência do Natal «não seja uma fotocópia» mas que procure a «novidade» e a «boa notícia»

 

Foto Vatican Media

Cidade do Vaticano, 21 dez 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu em audiência jovens da Ação Católica italiana a quem pediu para “cultivarem o espanto” e para se aproximarem das crianças e dos jovens que mais necessitados.

“Não vos esqueçais dos necessitados! E quando encontrares crianças necessitadas, pessoas necessitadas, olha-as nos olhos e toca-lhes na mão enquanto dás a esmola, perto delas, com aquela proximidade que só o amor dá. Não vos esqueçais das crianças necessitadas, ide à sua procura! E deem o vosso amor, a vossa companhia, e ajudem-nas”, pediu na audiência esta sexta-feira, cujo discurso foi publicado pela Sala de imprensa da Santa Sé.

“Encorajo-vos a estar sempre próximos, na oração e na caridade, daqueles que sofrem, de tantos jovens como vós que sofrem por causa da fome, da guerra, da doença. Por falar em guerra, estão a chegar aqui algumas crianças da Ucrânia: trazem-nas para as afastar daquela guerra terrível. Sabiam que as crianças ucranianas, que viveram a guerra, esqueceram-se de como sorrir? Não sabem sorrir. Pensem nessas crianças, nesses jovens”, acrescentou.

Francisco convidou os jovens a serem “pescadores de homens”, tal como Jesus, “espalhando a alegria e a maravilha do seu amor” e a cultivarem o espanto.

“Há pessoas que não sabem sentir espanto, perderam a capacidade de se maravilharem”, lamentou.

O Papa convidou os jovens a deixarem maravilhar-se pelo “momento verdadeiramente especial que é o Natal”, observando “as ruas com luzes, a troca de presentes, a liturgia enriquecida com cânticos e sons bonitos”.

“Pensem no presépio: que maravilha! Os pastores, os reis magos e as outras personagens rodeiam a gruta com os seus rostos espantados, envolvendo até os animais e toda a paisagem como se de uma grande festa se tratasse. Parar diante de um presépio e olhar com atenção; depois ir a outro e olhar com atenção… Em todos eles há variedade. Os presépios napolitanos são lindos! Mas em nenhum deles faltam Jesus, Nossa Senhora e São José: aquele Amor que Deus nos enviou, e Nossa Senhora e José que O criam”, convidou.

Francisco lembrou palavras do beato Carlo Acutis, que será canonizado em abril de 2025, durante o Jubileu das crianças e adolescentes: “Ele dizia: temos de ser ‘originais’, não ‘fotocópias”! E quantas pessoas não conseguem ser originais. São fotocópias! Hoje, fazemo-lo porque o jornal diz que é preciso fazê-lo, ou por hábito. E o Natal, para muitas pessoas, é uma ‘fotocópia’ de muitas coisas e não o encontro, que é tão bonito, que todos os anos nos traz novidade, novidade na alma e no coração de cada um de nós”.

“Aprendamos, então, a experimentar a maravilha. Por favor, não percam a capacidade de se maravilharem. Aprendamos a não dar nada por garantido, especialmente o amor: o de Deus e o das pessoas que encontramos. Espalhemos a nossa maravilha por tudo e por todos: de casa em casa, de paróquia em paróquia, de cidade em cidade, de nação em nação. Desta forma, espalhamos felicidade, confiança e consolação. O Natal é uma boa notícia”, finalizou.

LS

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Agência ECCLESIA

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