Guarda: Bispo pede um desenvolvimento que «desfaça desigualdades gritantes» e uma «distribuição de pessoas e serviços pelo todo nacional»

D. Manuel Felício afirma na mensagem de Natal que é necessário cuidar «o equilíbrio e a coesão» na sociedade

Foto Jornal A Guarda

Guarda, 16 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo da Guarda afirma na Mensagem de Natal que é necessário cuidar “o equilíbrio e a coesão” na sociedade, apela a um desenvolvimento que “desfaça desigualdades gritantes” e promova a “distribuição de pessoas e serviços pelo todo nacional”.

“Não se podem consentir modelos de desenvolvimento que, em vez de desfazerem as desigualdades gritantes, mais as aumentam, gerando desequilíbrios que não auguram nada de bom para o nosso futuro coletivo”, afirma D. Manuel Felício.

Para o bispo da Guarda, é necessário percorrer “novos caminhos que resultem da mudança na gestão das ligações entre os diferentes serviços, comunidades e espaços geográficos da mesma Nação que nós somos”.

Continua a preocupar-nos, no nosso país, o gritante déficit de esforço e de estratégias para conseguirmos o desejado equilíbrio na distribuição de pessoas e serviços pelo todo nacional”.

D. Manuel Felícia sublinha que “a lição de solidariedade do Menino do Presépio pede a escolha de modelos de desenvolvimento que promovam a proximidade entre as pessoas, as comunidades e as regiões”, que “sejam definidos com a máxima participação de todos os cidadãos”.

Na Mensagem de Natal divulgada hoje, na Guarda, o bispo diocesano afirma que o Presépio é um apelo a rever “o equilíbrio e a coesão que precisam de ser reforçados no conjunto da sociedade”.

“É preciso assumir a coragem da necessária prestação de contas, a nós e aos outros, sobre tudo o que fazemos para nosso bem e em favor do Bem Comum”, acrescenta.

O bispo da Guarda refere a necessidade da “avaliação contínua” como “prática habitual, a todos os níveis, começando por aqueles aos quais está confiada a primeira responsabilidade de velar pelo bem dos cidadãos e suas comunidades”.

D. Manuel Felício aponta para um reforço das “relações em Família, em sociedade” e apela a “uma atitude mais ativa e geradora de fraternidade sobretudo para com os mais necessitados”.

No documento intitulado “Natal de Jesus, a esperança para o mundo”, o bispo da Guarda apela a uma paragem diante do Presépio para tomar consciência das “grandes mudanças e conversões” que é necessário realizar na “vida pessoal e comunitária, como da própria sociedade enquanto tal”.

“Não podemos limitar-nos à coexistência pacífica ou, pior ainda, resignar-nos perante as guerras e os conflitos, que infelizmente continuam a atormentar-nos e em ritmo crescente”, lembra D. Manuel Felício.

A Mensagem de Natal do bispo da Guarda foi hoje divulgada, em conferência de imprensa.

PR

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Agência ECCLESIA

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