Direitos Humanos: Papa Francisco pede aos governantes que «ouçam o grito de paz de milhões de pessoas»

«Nossos direitos, nosso futuro, agora», é o tema do Dia Internacional dos Direitos Humanos 2024

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 10 dez 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco assinalou hoje o Dia Internacional dos Direitos Humanos e pediu aos governantes que “ouçam o grito de paz de milhões de pessoas”, numa mensagem publicada na rede social ‘X’.

“Os #DireitosHumanos à vida e à paz são uma condição essencial para o exercício de todos os outros direitos”, começa por explicar o Papa, na sua conta ‘@pontifex’, nas suas nove línguas.

Francisco continua com um pedido, que “os governantes ouçam o grito de paz de milhões de pessoas privadas dos direitos mais fundamentais devido à guerra, a mãe de todas as pobrezas”.

‘Nossos direitos, nosso futuro, agora’, é o tema do Dia Internacional dos Direitos Humanos 2024, que se celebra esta terça-feira, 10 de dezembro, dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou a Declaração Universal dos Direitos do Homem em Paris, em 1948.

O secretário-geral das Nações Unidas – ONU, na sua mensagem para o Dia Internacional dos Direitos Humanos, assinalou que este dia lembra que “os direitos humanos têm a ver com a construção do futuro, precisamente agora”, que todos os direitos humanos são “indivisíveis, sejam eles econômicos, sociais, cívicos, culturais ou políticos”.

“Dezenas de milhões de pessoas estão atoladas na pobreza, na fome, na saúde precária e em sistemas educacionais que ainda não se recuperaram totalmente da pandemia de Covid-19. As desigualdades globais são desenfreadas, os conflitos estão a aumentar, o direito internacional está sendo deliberadamente ignorado”, alertou o português António Guterres.

O portal de notícias do Vaticano destaca também o relatório 2023-2024 da Amnistia Internacional, a organização denúncia que “o mundo retrocedeu em relação à promessa de direitos humanos universais de 1948”, segundo a análise a 155 nações.

O Papa Francisco, esta segunda-feira, já tinha alertado que “muitas guerras, desencadeadas pela ganância de matérias-primas e de dinheiro, alimentam uma economia armada, que exige instabilidade e corrupção”.

“Que escândalo e que hipocrisia: as pessoas são assassinadas enquanto os negócios que provocam violências e mortes prosperaram”, escreveu na sua conta na rede social X.

CB/OC

O Parlamento português atribuiu o Prémio Direitos Humanos 2024 à Associação Juvenil ‘Transformers’, pela sua intervenção na capacitação de crianças e jovens em risco de exclusão social.

Foram ainda atribuídas medalhas de ouro comemorativas do 50.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos a duas instituições com intervenção na proteção dos direitos das pessoas idosas e de outras pessoas em situação de vulnerabilidade ou incapacidade, Associação Coração Amarelo e a Associação Nacional de Cuidadores Informais.

A Associação Coração Amarelo – pelo seu trabalho, assente em voluntariado – no apoio a quem vive em solidão e isolamento, principalmente os mais idosos, e pela promoção do relacionamento intergeracional – e a Associação Nacional de Cuidadores Informais – pelo seu trabalho na defesa dos interesses e na dignificação dos Cuidadores Informais, cujo testemunho foi já apresentado por Sofia Artilheiro Alves no podcast ‘Alarga a tua tenda’, da Agência ECCLESIA.

 

Direitos Humanos: «Nestes 30 artigos, não há um que não tenha sido violado e todos precisam de ser lembrados» – Eugénia Quaresma (c/vídeo)

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Agência ECCLESIA

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