Sudão: Cáritas e aliança de organizações cristãs denunciam «situação catastrófica»

Apelo conjunto apela a donativos da comunidade internacional para responder a crise humana provocada pela guerra civil

Foto: CRS/Caritas Internationalis

Roma, 03 dez 2024 (Ecclesia) – A confederação internacional da Cáritas e a ‘ACT Alliance’, que congrega instituições humanitárias de mais de 145 igrejas e organizações cristãs, lançaram hoje um apelo conjunto perante a “situação catastrófica” que se vive no Sudão.

As duas instituições, com organizações parceiras nacionais e locais nos cinco continentes, “apelam aos líderes mundiais, aos governos e ao sistema das Nações Unidas que financiam a resposta humanitária, para que reforcem urgentemente o apoio ao Sudão, a maior crise humana do mundo”.

A Cáritas e a ‘ACT Alliance’ entendem que a resposta humanitária é “cronicamente subfinanciada”.

“Os governos doadores, as agências das Nações Unidas e outras organizações humanitárias internacionais têm de mudar a forma como trabalham, para melhor apoiarem as equipas locais de primeira linha, como as Igrejas, as organizações de mulheres, as redes de jovens e outros grupos de base comunitária que são a espinha dorsal da resposta humanitária no Sudão e noutros países atingidos pela crise”, pode ler-se.

A ‘ACT Alliance’ e a ‘Caritas Internationalis’ pedem ajuda da comunidade internacional para fornecer apoio monetário, proteção, água e higiene a milhares de sudaneses deslocados.

“A situação catastrófica a que estamos a assistir neste momento no Sudão ilustra esta tempestade perfeita de necessidades humanitárias crescentes, por satisfazer, e de apoio desadequado às respostas locais. Este é também o desafio a que assistimos na RDC, no Sudão do Sul, na Síria e em muitos outros locais”, alerta Christian Modino Hok, diretor humanitário da ‘Caritas Internationalis’.

Niall O’Rourke, diretor dos assuntos humanitários da ‘ACT Alliance’, sublinha por sua vez que “em nenhum outro lugar esta disparidade entre a atenção política ou pública global e as necessidades humanitárias por responder e os fundos angariados até à data é maior do que no Sudão”.

Uma em cada cinco pessoas no Sudão está deslocada, estimando-se que 24 milhões de pessoas necessitem urgentemente de alimentos.

O conflito no Sudão eclodiu em abril de 2023 entre as Forças de Apoio Rápido (RSF) e as Forças Armadas Sudanesas (SAF), provocando mais de 11 milhões de pessoas deslocadas internamente e mais de 2,3 milhões refugiados, nos países limítrofes.

OC

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Agência ECCLESIA

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