Ainda é projecto, mas a primeira unidade de cuidados paliativos que o Instituto S. João de Deus vai abrir em Portugal será construída de raiz em Viana do Castelo. A garantia foi dada ao Diário do Minho por Daniel Fernandes, director da Casa de Saúde de S. José, à margem do primeiro congresso que abordou «O cuidar para além do prognóstico». O responsável, apuradas as reais necessidades de respostas nesta área, garante que os contactos com a Administração Regional de Saúde Norte estão “avançados e estruturados” cpom vista à abertura, dentro da rede de cuidados continuados uma estrutura de “cuidados paliativos com dez camas” e que ao mesmo tempo permite dar apoio a outros doentes em suas casas. Esta nova unidade, a primeira da Ordem em Portugal, será mais abrangente e vai ficar num edifício a construir de raiz na cidade, prevendo este responsável, dentro de um ano ou ano e meio possa começar a funcionar porque “existem necessidades de internamento que queremos resolver”, acrescentou. Neste projecto, frisou Daniel Fernandes, será igualmente constituída uma equipe de trabalho de raiz para a qual o Instituto conta com a colaboração da Escola Superior de Enfermagem, na área de preparação do pessoal. A Casa de Saúde de S. José e a Casa de Saúde de S. João de Deus promoveram o primeiro congresso do Instituto em Viana do Castelo, para lançar o debate sobre esta temática específica da qual a ordem é especialista noutras partes do mundo. Em Portugal os Irmãos São João de Deus são, sobretudo reconhecidos, na assistência na área da saúde mental. Daniel Fernandes assegurou que este Congresso terá continuidade. Ao longo de dois dias especialistas reflectiram e debateram as problemáticas ligadas à assistência daqueles que foram designados como “os condenados da medicina”, isto é, pessoas cujos cuidados já não têm a vertente curativa, mas de alívio do sofrimento com vista a proporcionar qualidade e dignidade até ao momento de expirar. Redacção/Diário do Minho