Jovem recorda passagem da Cruz e do ícone mariano pela Diocese de Santarém, a poucos dias de serem entregues a uma delegação de Seul (Coreia do Sul)
Lisboa, 22 nov 2024 (Ecclesia) – Mariana Prudêncio, da Diocese de Santarém, considera que a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e o encontro com o Papa em Lisboa contribuíram para uma “grande aproximação” da Igreja aos jovens.
“Há um longo caminho a fazer, mas sinto que estes três anos, principalmente na semana da Jornada, aqueles meses até de símbolos, já contribuíram para uma grande aproximação”, afirmou a jovem, de 25 anos, em declarações à Agência Ecclesia.
Mariana Prudêncio é uma das portuguesas que vai fazer a passagem da cruz peregrina e do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani a uma delegação de Seul (Coreia do Sul), no Vaticano, este domingo, e considera que a Igreja tem de continuar a trabalhar na relação com os jovens e vice-versa.
“Estamos sempre em constante transformação, as pessoas mudam, a Igreja muda e acho que é um caminho que tem de se fazer de lado a lado e passo a passo”, destacou.
Depois da JMJ, em que os jovens foram os protagonistas, Mariana Prudêncio espera que jovens continuem a ter destaque na Igreja.
“Tivemos três anos para afirmar que nós jovens somos capazes de fazer isto. Eu espero que não seja esquecido, porque acho que na altura com alguma dificuldade e alguma resistência, mas foi aceite. Mas tenho receio que isso volte a cair no esquecimento, porque parece que às vezes as pessoas têm memória curta e esquecem-se que de facto nós conseguimos”, afirmou.
A jovem fez parte do Departamento da Comunicação do Comité Organizador Diocesano de Santarém da JMJ e não esquece o momento em que aquele território recebeu a cruz peregrina e o ícone mariano, a dois meses da Jornada, em junho de 2023.
“Foi uma grande emoção e foi uma loucura, aquele mês. Estava imenso calor, andámos imenso, mas acima de tudo acho que foi uma alegria enorme finalmente termos os símbolos nas nossas mãos”, lembra, assinalando que a chegada dos dois estava a ser preparada desde janeiro.
Mariana recorda que o momento em que que Diocese de Santarém recebeu a Cruz e o Ícone de Maria foi vivido com muita emoção e que o mês foi passado com “grande alegria”.
“Foi mesmo muito impactante. Nós corremos a diocese inteira, não houve nenhuma paróquia que não tivesse os símbolos, nem que fosse só de passagem e aquilo que nós sentimos era que estava toda a gente comovida”, recorda.
Segundo a jovem, a peregrinação dos símbolos moveu “toda a diocese”, incluindo escolas, instituições, bombeiros, hospitais, além de lares, crianças e idosos, para quem aquele momento foi a “alegria do dia”.
Entre os cerca de 100 portugueses que vão passar o testemunho para Seul (Coreia do Sul), que acolhe a próxima edição internacional da JMJ, em 2027, está Mariana Prudêncio, que vê momento com “enorme expectativa”.
“Não há palavras. É uma bênção. É um privilégio, quase. Acho que vai ser um grande momento”, referiu.
A jovem acredita que a JMJ na Coreia do Sul vai ser um acontecimento “muito bom” para portugueses, europeus e latinos”, uma vez que vivência de Igreja é diferente.
“É longe desta vez, e é muito longe. […] É ver a Igreja no outro lado, e encontrar Jesus também noutras pessoas. Acho que vai ser muito bom”, referiu.
Lisboa acolheu a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude entre 1 e 6 de agosto de 2023, com mais de 1,5 milhões de participantes nas celebrações conclusivas, presididas por Francisco no Parque Tejo.
A próxima edição da JMJ realiza-se em Seul, na Coreia do Sul, em 2027.
A JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
A entrega dos símbolos da JMJ a uma delegação de Seul está em destaque no Programa ‘70×7’, deste domingo, na RTP2, no dia em que acontece a passagem de testemunho, na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
LJ/OC