Eleições americanas: «Não podemos ignorar os temas da vida»

O arcebispo de San Antonio, no Texas, D. José H. Gómez, pediu que as eleições americanas não ignorem os “temas da vida”. O escrutínio eleitoral está marcado para 4 de Novembro. Nas páginas de um jornal, o Arcebispo escreveu que “com a crise económica toldando o horizonte político, deixamos muito pouco espaço para que outros temas penetrassem na mente dos norte-americanos, enquanto nos preparamos para votar nas próximas eleições”. D. Gómez, um dos bispos hispânicos com maior reconhecimento nos Estados Unidos, assinalou que “a economia precisa de nossa consideração mais séria, a par de outros importantes assuntos, como a guerra, os serviços de saúde e a imigração”. O Arcebispo de San Antonio, uma das dez maiores cidades dos Estados Unidos que concentra a maior porcentagem de população católica do país, lamenta que neste panorama informativo, o tema da vida tenha sido relegado para segundo plano no processo eleitoral entre Barack Obama, pelo Partido Democrata, e John McCain, pelo Partido Republicano. Na opinião de D. Gómez, os meios informativos publicam poucas ferramentas para que os eleitores conheçam de que lado se encontram os candidatos à presidência com relação ao tema fundamental da vida. “As pessoas precisam saber a posição dos candidatos neste assunto central, que é a protecção do direito à vida, a eutanásia, a pesquisa de embriões e a pena de morte”, escreve o Arcebispo Gómez, acrescentando que “os eleitores se sentiriam melhor se tivessem uma informação completa sobre a posição dos candidatos sobre o matrimónio, célula da sociedade e união entre homem e mulher”. “A cultura da vida e a preservação da definição fundamental da família humana, são, frequentemente, temas menores, pois são considerados como puramente religiosos”. No entanto, acrescenta o Arcebispo, “estes temas têm um nexo fundamental com a civilização humana”. D. Gómez assinala que o direito à vida “representa o direito primário garantido na nossa Declaração de Independência. Se não protegermos este direito fundamental de cada pessoa humana, em todas as etapas da vida, nenhum outro tema da liberdade importa”. “Vivemos numa sociedade que desejaria privatizar a religião, afastá-la do âmbito público, mas nós, os que cremos em Deus, não podemos deixar isso aconteça”. O Arcebispo esclarece que nunca foi seu objectivo dizer às pessoas como ou em quem votar. “Mas nós temos a responsabilidade de ser a voz dos inocentes, dos necessitados. Não podemos ignorar estes temas, porque se a nossa nação perder o respeito pela vida e pelos verdadeiros valores da família, perderá também sua autoridade moral para guiar o mundo”. Redacção/Zenit

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