«A sua Missão é um verdadeiro serviço aos alicerces da vida e da sociedade», destacou D. Rui Valério
Porto, 20 nov 2024 (Ecclesia) – O administrador apostólico das Forças Armadas e de Segurança de Portugal presidiu, hoje, à Missa do Dia do Comando do Pessoal do Exército, “obreiro dos alicerces que sustentam a vida de uma Nação”, na igreja da Lapa, no Porto.
“Uma sociedade insegura, sem paz, é uma sociedade morta, inativa, sem futuro; fundamentalmente o Comando do Pessoal serve pessoas porque está ao serviço da Paz, e serve a Paz porque está ao serviço de pessoas. Tal significa que a sua Missão é um verdadeiro serviço aos alicerces da vida e da sociedade, porque só onde e quando existe paz e segurança é possível a existência da vida social, empresarial, académica, familiar, económica….”, disse D. Rui Valério, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.
O administrador apostólico da Diocese das Forças Armadas e de Segurança, o Ordinariato Castrense de Portugal, destacou que este Dia do Comando do Pessoal do Exército é um encontro de proximidade “com o valor mais precioso, em absoluto, que são as pessoas”.
“Um encontro que nos estimula a reconhecer o glorioso serviço que tem prestado ao Exército e à Nação e que também nos motiva a trazer para o presente, e concretamente para o altar da Eucaristia, a nossa gratidão pelo que tem dado à cidadania e à sociedade”, acrescentou D. Rui Valério, também patriarca de Lisboa.
Na homilia, o presidente da celebração religiosa realçou que a história deste Comando do Pessoal “está escrita com carateres de ouro, sobre páginas de serviço, de honra e glória”, e afirmou que pertencer à sua estrutura vital “é um privilégio”, participar na sua ação é uma distinção e, para cada soldado representa “a graça do chamamento de fazer da própria vida um serviço a Portugal e aos portugueses, sempre inspirados na opção existencial de Jesus Cristo”.
D. Rui Valério enumerou quatro dimensões que caraterizam o Comando do Pessoal do Exército, e começou pelo “seu carater essencialmente relacional”, a sua função tem um “cariz altamente personalista, pois revela que a natureza fundamental do Exército são as pessoas, os cidadãos”.
A segunda dimensão transporta “para o reconhecimento”, a atuação administrativa e organizativa do Comando do Pessoal “é, por si só, afirmação da dignidade das pessoas”, enquanto a terceira dimensão promove o “caráter recíproco da responsabilidade coletiva”.
“A quarta dimensão é a vida. Na esteia da Sagrada Escritura, a vida é o valor por excelência, a ponto de ser considerada a grande obra de Deus; também o Comando do Pessoal situa a sua ação ao serviço da proteção desse supremo bem”, concluiu o administrador apostólico das Forças Armadas e de Segurança de Portugal.
“Fundamentalmente, iluminados por São Teotónio, vosso padroeiro, colocais o vosso saber e capacidade de coordenação ao serviço daquelas e daqueles que servem com a sua vida o País e os portugueses.”
D. Rui Valério salientou que a esta celebração situa o próprio Comando do Pessoal, com as pessoas que o formam e respetiva missão, “no contexto do grande Memorial que é a Eucaristia”, enquanto atualização do “sacrifício redentor de Cristo”.
Após a Eucaristia, realizou-se a cerimónia militar do Dia do Comando do Pessoal do Exército, que se assinala a 20 de novembro; as comemorações começaram com um concerto onde atuaram a Banda do Exército, a Afghan Youth Orchestra e a voz de Cuca Roseta, esta terça-feira, dia 19 de novembro, na Casa da Música, no Porto.
CB/OC