Lamento de Bagão Félix no Primeiro Congresso da Pastoral Social A solidariedade não pode deixar de ter presente a expressão da caridade, “expressão fundamental do modo como os cristãos se devem relacionar com o mundo e a sociedade” – defende Bagão Félix, Antigo Ministro da Segurança Social e do Trabalho. Em relação à questão dos ATL, o Bagão Félix disse aos jornalistas que “os ATL sempre existiram na sociedade, nalguns casos foram quase criação «espontânea» da sociedade”. Perante este facto, o conferencista no I Congresso da Pastoral Social sublinha que “o Estado deve entrar neste domínio de maneira suplente, quer no espaço do território quer no tempo, mas não se substituindo aquilo que até agora funcionava bem” “Intervir na Sociedade, hoje! Memória e Projecto” é o tema do I Congresso da Pastoral Social, a decorrer em Fátima de hoje (9 de Setembro) até quinta-feira. Depois da sua intervenção sobre os 25 anos do decreto lei que regula a acção das Instituições Sociais (DL-119/83), o antigo ministro da Segurança Social afirma à Comunicação Social que o Estado deve “preencher lacunas que sociedade não pode suprir; é neste sentido que entendo que houve violação do princípio de subsidiariedade” na questão dos ATL. As instituições sociais católicas estão “presas” do Estado social – admitiu Bagão Félix. “Há muitas instituições sociais da Igreja que nem sequer fazem referência à doutrina social da Igreja, onde é impossível dizer a palavra caridade, onde não há espiritualidade nem formação cristã” – afirmou. Para evitar o domínio na vertente financeira do Estado sobre as instituições, Bagão Félix propõe: “Tem que se alterar o sistema de financiamento; este tem que se ser dado às famílias e não às instituições.” Notícias relacionadas • Bagão Félix diz que o Estado violou o princípio da subsidiariedade na questão dos ATL • Maior liberdade e autonomia das instituições da Igreja em relação ao Estado