JMJ Lisboa/1º aniversário: «Dias nas Dioceses» são cada vez mais uma «pré-jornada» que a «organização tem de ir avaliando»

Cardeal D. Américo Aguiar passa em revista cada dia da Jornada Mundial da Juventude, num projeto que vai ser concluído com uma publicação da Paulus Editora

Foto: Agência Ecclesia/CB

Lisboa, 31 jul 2024 (Ecclesia) – D. Américo Aguiar afirmou que o envolvimento das dioceses na Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 aconteceu na Peregrinação dos Símbolos, nas reuniões preparatórias e no coro e orquestra, apontando para a necessidade de “ir avaliando” os Dias nas Dioceses.

“É algo que a organização tem de ir avaliando. As pessoas dizem ‘pré-jornada’, mas a organização não gosta que se diga ‘pré-jornada’ e prefere que se diga ‘dias nos dioceses’. Mas cada vez mais é ‘pré-jornada’. E tenta-se evitar que a ‘pré-jornada’ seja uma ‘mini Jornada Mundial das Juventude’, para que os peregrinos, quando cheguem à sede da efetiva jornada, já não venham cansados para viverem em plenitude da Jornada Mundial das Juntas”, afirmou o coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023.

Foto Ricardo Perna/JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar

A entrevista ao cardeal D. Américo Aguiar vai recordar cada um dos dias da semana da jornada, há um ano, a partir de hoje e até ao dia 6 de agosto, a preparação para os eventos que chegaram a mais de um milhão e meio de jovens e, numa edição da Paulus Editora, será publicada em livro nas semanas anteriores à celebração nacional que assinala um ano da realização da jornada em Portugal, nos dias 19 e 20 de outubro.

Ao evocar o dia 31 de julho de 2023, quando os participantes na JMJ 2023 terminavam a presença nas várias dioceses de Portugal e viajaram até Lisboa, para os eventos centrais da jornada, D. Américo Aguiar valorizou a realização da Peregrinação dos Símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora, e a preparação que aconteceu nos comités diocesanos e paroquiais e os encontros periódicos entre estruturas nacionais e diocesanas permitiu que “aproximar a organização a nível nacional da realidade de cada uma das dioceses e vice-versa”.

“Um dos frutos principais da organização da jornada, foram essas estruturas locais, regionais, paroquiais, que em muitos locais ainda persistem, e que foram constituídas por muitos jovens que não estavam em nada”, afirmou.

O que mais guardo da Jornada Mundial da Juventude foi peregrinação dos símbolos da JMJ, que me permitiu percorrer o país lés a lés, norte, sul, interior, litoral, continente e ilhas, as aldeias mais recônditas às cidades habituais. E tive a possibilidade de testemunhar ao vivo, pessoalmente, presencialmente, aquilo que são os modos diferentes de acolher a jornada”.

O coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 disse que ficou “surpreendido” pela participação dos jovens na Peregrinação dos Símbolos, principalmente nas dioceses onde “não há tanta dinâmica” e apontou para uma “Igreja em saída” pedida pelo Papa Francisco como metodologia para os dias de hoje.

Foto Bárbara Vitória, Dias nas Dioceses/Aveiro

“Sentar-se na sacristia à espera que venham ao nosso encontro já não dá e já não dá há muito tempo! Nós é que podemos disfarçar e dizer que não sabemos”, referiu.

D. Américo Aguiar afirmou que uma das razões do sucesso da JMJ Lisboa 2023 “foi a generosidade, a fraternidade, a transparência” das partilhas da Igreja no Panamá, que organizou a anterior jornada, lembrou “os fantasmas permanentes, durante quatro anos, da economia, da segurança, da pandemia” e disse que “ninguém está preparado” para organizar um evento como este, só possível como envolvimento de todos.

A entrevista ao coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 está a ser realizada quando se assinala um ano da jornada em Portugal, vai ser divulgada sinteticamente até ao dia 6 na Agência ECCLESIA e depois publicada integralmente numa obra da Paulus Editora.

PR

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