Castro Verde: D. Rui Valério desafia a refletir sobre a importância de proteger e promover os valores históricos que moldaram Portugal

Administrador Apostólico das Forças Armadas e Forças de Segurança presidiu à Missa de aniversário dos 885 anos da Batalha de Ourique

Castro Verde, 27 jul 2024 (Ecclesia) – O administrador Apostólico das Forças Armadas e Forças de Segurança desafiou a refletir sobre a importância de proteger e promover os valores históricos que moldaram Portugal, na missa a que presidiu na Basílica Real de Castro Verde, esta quinta-feira.

Na homilia da Eucaristia de aniversário dos 885 anos da Batalha de Ourique, D. Rui Valério debruçou-se sobre a beleza dos azulejos que adornam a Basílica Real de Castro Verde (Diocese de Beja), incitando os presentes a refletirem também sobre o valor da identidade nacional, informa o Ordinariato Castrense.

A missa celebrada pelo também patriarca de Lisboa marcou o início das comemorações do marco histórico que consagrou Afonso Henriques como o primeiro rei de Portugal no ano de 1139, integrando um programa repleto de homenagens e cerimónias solenes.

Depois da celebração eucarística, teve lugar uma romagem ao Padrão da Batalha de Ourique, no sítio de São Pedro das Cabeças, onde ocorreu uma cerimónia militar evocativa.

Segundo informa a Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança, evento incluiu o hastear da bandeira nacional, a deposição de flores junto ao monumento evocativo, e uma oração em homenagem aos mortos na batalha, lida pelo capelão militar Amadeu Gonçalo Vaz Lino.

A Câmara Municipal de Castro Verde foi a responsável por organizar as celebrações, em parceria com o Exército Português, tendo contado com a colaboração da Guarda Nacional Republicana e dos Bombeiros Voluntários de Castro Verde.

O Major-General Ramalhôa Cavaleiro, diretor de História e Cultura Militar, presidiu às cerimónias e destacou a importância histórica da Batalha de Ourique, imortalizada nos “Lusíadas” de Camões, relembrando que esta foi um momento decisivo que marcou a aclamação de D. Afonso Henriques como Rei de Portugal, reforçando a independência e identidade nacional.

Na intervenção, o Major-General Ramalhôa Cavaleiro destacou a simbologia do pálio e dos escudetes nas Armas Nacionais, que representam os cinco reinos muçulmanos derrotados em Ourique.

Além disso, sublinhou que a batalha foi fundamental para a ascensão de D. Afonso Henriques como Rex Portucalensium e para o reconhecimento internacional da monarquia portuguesa.

A cerimónia contou também com a participação do Comandante da Brigada de Reação Rápida, Brigadeiro-General Felisberto Matias, o Presidente da Câmara Municipal e vereadores entre outras altas entidades civis e militares.

O Ordinariato Castrense assinala que as celebrações daquele dia “não só honraram a memória daqueles que lutaram e pereceram na batalha, mas também reforçaram o orgulho e a identidade da comunidade de Castro Verde”.

“A Batalha de Ourique continua a ser um símbolo de resistência, coragem e determinação que ecoa através dos séculos, até aos nossos dias”, pode ler-se.

LJ

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Agência ECCLESIA

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