Fátima: Via do diálogo é «único» caminho para se atingir a paz

Na celebração da Peregrinação Internacional Aniversária, D. Manuel Felício referiu que existem “muitas guerras esquecidas” porque “não são tão importantes para o interesse dos ricos”

Foto: Santuário de Fátima

Fátima, 13 jul 2024 (Ecclesia) – O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, disse, esta manhã, na homilia da celebração no Santuário de Fátima que sem a paz “a vida é um tormento” e a via do diálogo “é o único caminho” para se atingir esse dom.

“Sem a paz a vida é um tormento por isso é preciso que a Palavra de Deus desça dos ouvidos ao coração e se transforme em programa de vida para todos”, afirmou o bispo da Guarda na missa da Peregrinação Internacional Aniversária de julho que faz memória da terceira aparição de Nossa Senhora aos três Pastorinhos.

“Fazer memória da experiência feliz daquelas crianças, duas das quais já alcançaram as honras dos altares”, sublinhou D. Manuel Felício.

Na Cova da Iria, Nossa Senhora, através dos pastorinhos, dirigiu o convite à oração e penitência.

“Disse às crianças o que é preciso fazer para vencermos as crises. Na altura era a crise da primeira guerra mundial, mas as crises não terminaram. Os povos precisam de tranquilidade e a paz. Pedimos a Nossa Senhora que ajude o mundo a encontrar soluções de paz que são necessárias”.

A urgência “primeira” do mundo de hoje “é a necessidade de paz. Estamos a lembrar-nos da Ucrânia, Palestina mas também de outras partes do mundo menos noticiadas, mas onde o problema da guerra está instalado e faz sofrer populações inteiras: Sudão, Líbano e Etiópia que ocupam menos espaço nas notícias porque não são tão importantes para o interesse dos ricos”, referiu o bispo da Guarda.

“O único caminho que nos resta para fazer a paz é a via do diálogo para se conseguir entendimentos entre pessoas, países, raças, religiões e culturas”, acrescentou.

Para D. Manuel Felício, as recomendações que Nossa Senhora fez aos três pastorinhos “não perderam atualidade” e através da “oração intensa podemos levar ao mundo a Boa Nova e a alegria do Evangelho”.

Os peregrinos devem olhar para Nossa Senhora “como modelo e mãe” e “continuamos a receber Maria em nossa casa sempre que seguimos os conselhos que ela deixou ao mundo”, apontou.

Um dos momentos centrais da Terceira Aparição de Nossa Senhora aos videntes Lúcia, Francisco e Jacinta, a 13 de julho de 1917, ficou conhecido como o Segredo de Fátima, dividido em três partes. O primeiro quadro compõe-se de uma visão do inferno; o segundo apresenta a devoção ao Imaculado Coração de Maria; o terceiro refere-se à Igreja peregrina e mártir.

LFS

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Agência ECCLESIA

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