Vaticano explica encontro do Papa com vítimas de abusos sexuais na Austrália

O director dos serviços de informação do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, revelou que o encontro do Papa com vítimas de abusos sexuais por parte do clero, na Austrália, esta Segunda-feira, decorreu “num clima de respeito, espiritualidade e intensa comoção”. Na Missa a que Bento XVI presidiu – um momento não previsto no programa original – estiveram presentes quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, os seus acompanhantes e um sacerdote encarregado pela “pastoral de apoio” às vítimas. No final da Missa, puderam falar com o Papa, um a um, e Bento XVI “dirigiu-lhes palavras afectuosas de proximidade e conforto”. Segundo o Pe. Lombardi, à imagem do que já acontecera nos EUA, “o Papa desejou encontrar-se com algumas vítimas como gesto concreto para exprimir os sentimentos por ele já manifestados outras vezes nas suas intervenções sobre o drama dos abusos sexuais”. A viagem à Austrália foi ainda oportunidade para o Papa pedir desculpa pelos casos de abusos sexuais de menores, por parte do clero, situações classificadas como uma “vergonha”, que devem implicar a Igreja no apoio às vítimas e na condenação dos seus responsáveis, inclusive diante da justiça. O Arcebispo Phillip Wilson, presidente da Conferência Episcopal Australiana, admitiu, por seu turno, que a Igreja precisa de um plano não só para responder, mas também para prevenir estes actos no futuro. Em declarações à Agência Zenit, este responsável defende que é necessário “criar meios para as crianças serem protegidas”.

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