Organização do Patriarcado de Lisboa quer angariar 50 mil euros, com campanha «Alimente uma Volta»
Lisboa, 12 jun 2024 (Ecclesia) – A Comunidade Vida e Paz (CVP), organização sem fins lucrativos da Diocese de Lisboa, quer angariar 50 mil euros para “apoiar as despesas das equipas de rua” que, todas as noites, ajudam pessoas em situação de sem-abrigo.
“As equipas de rua da Comunidade Vida e Paz distribuem uma ceia a quem mais precisa, oferecendo não apenas alimentos, mas também um momento de conforto e esperança. Com o aumento das necessidades, fruto do número crescente de pessoas que se encontram em situação de sem-abrigo, e dos custos operacionais, é crucial que esta iniciativa receba o apoio necessário para continuar a sua missão”, explica a CVP, num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
A organização sem fins lucrativos do Patriarcado de Lisboa, que se dedica a “apoiar pessoas em situação de sem-abrigo e vulnerabilidade social”, relançou a campanha ‘Alimente uma Volta’ e apela à “generosidade de todos” para atingir o objetivo de “angariar 50.000€”.
A Comunidade Vida e Paz informa que, em média, apoia “580 pessoas em situação de sem-abrigo”, tem um custo diário de cerca de 1060 euros, um valor que “implica a realização das ceias, todo o apoio administrativo, logístico, de medicação, roupa, combustível”, entre outros.
A instituição católica salienta que cada contribuição solidária, “por menor que seja”, faz “uma diferença significativa” na vida das pessoas que se encontram “em situação de vulnerabilidade extrema”.
Os donativos para a campanha ‘Alimente uma Volta’ podem ser feitos através de transferência bancária (Montepio Geral: PT50 0036 0000 99105505051 96) e por MB WAY, para o número 912 340 222.
A Comunidade Vida e Paz tem também a decorrer a campanha de consignação de 0,5% do IRS, intitulada ‘O humor não diminui o problema, 0,5% do IRS, sim’, com os humoristas Nuno Markl e Eduardo Madeira.
No dia 4 de junho, o presidente da Comunidade Vida e Paz, Horácio Félix, e a diretora-geral da instituição, Renata Alves, foram recebidos em audiência pelo presidente da autarquia lisboeta, Carlos Moedas, onde manifestaram disponibilidade para colaborar na “defesa das pessoas e da sua dignidade”, com todos os parceiros no terreno.
“Preocupam-nos naturalmente todas as pessoas, sejam migrantes ou sejam nacionais, e também manifestar a nossa disponibilidade para aquilo que a Câmara entender necessário da parte da Comunidade Vida e Paz”, disse Horácio Félix à Agência ECCLESIA, à saída dos paços do concelho de Lisboa.
No dia anterior, o Governo português apresentou o seu Plano de Ação para as Migrações, a CVP foi “auscultada” pela Presidência do Conselho de Ministros.
A Comunidade Vida e Paz, organização sem fins lucrativos fundada em 1989, apoia pessoas em situação de sem-abrigo e vulnerabilidade social através de respostas como o Centro de Intervenção de Primeira Linha, Comunidades Terapêuticas e de Inserção e da Unidade de Apoio à Reinserção.
CB/OC