Vaticano: Papa apela a cessar-fogo «imediato» entre Israel e Palestina, afirmando que «ninguém» pode impedir ajuda humanitária

Francisco associa-se a conferência sobre situação em Gaza, promovida pela Jordânia, Egito e ONU

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 09 jun 2024 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje a um cessar-fogo “imediato” entre Israel e Palestina, afirmando que “ninguém” pode impedir a entrega de ajuda humanitária à população.

“Encorajo as negociações em curso, entre as partes, porque não são fáceis, e desejo que as propostas de paz para o cessar-fogo, em todas as frentes, e para a libertação dos reféns sejam aceites imediatamente, por palestinos e israelitas”, disse, após a recitação do ângelus, no Vaticano.

Francisco associou-se à conferência sobre a ajuda humanitária urgente a Gaza, que vai ser promovida esta segunda-feira pela Jordânia, Egito e ONU.

“As ajudas humanitárias devem poder chegar a quem delas precisa, e ninguém o pode impedir”, sustentou.

Agradecendo por esta importante iniciativa, encorajo a comunidade internacional a agir urgentemente, com todos os meios ao seu dispor, em favor da população de Gaza, esgotada pela guerra”.

Foto: Vatican Media

A intervenção do Papa evocou o 10.º aniversário de oração pela paz que reuniu, a 8 de junho de 2014, os presidentes da Palestina e Israel, Mahmoud Abbas e o já falecido Shimon Peres.

“Esse encontro testemunha que é possível apertar a mão e que é preciso coragem para fazer a paz, muito mais coragem do que para fazer a guerra”, disse.

Francisco falou ainda do Myanmar e do “martirizado povo ucraniano”, que sofre e “deseja a paz”, cumprimentando um grupo de peregrinos da Ucrânia presente na Praça de São Pedro.

“Estamos perto de vocês. É um desejo, este da paz, pelo que encorajo todos os esforços que se fazem para que a paz se possa construir quanto antes, com a ajuda internacional”, apelou.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do movimento islamita Hamas em solo israelita, a 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.00 mortos e deixou mais de duas centenas de reféns.

A ofensiva israelita na Faixa de Gaza, que se seguiu a este ataque, provocou mais de 36 mil mortos e uma crise humana no território.

OC

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Agência ECCLESIA

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