Passos efectivos estão a ser dados para que a Pastoral prisional possa contar, quer no seu trabalho como nas equipas de visitadores, com o apoio de juristas. Esta parceria é algo de novo em território nacional mas está a acolher um grande entusiasmo num encontro que decorre entre um grupo de juristas das dioceses portuguesas e a coordenação nacional da Pastoral das Prisões. Uma vontade de trabalhar conjuntamente que se estende a advogados que, “mesmo não trabalhando na área penal, querem dar o seu contributo”, explica à Agência ECCLESIA o coordenador nacional da Pastoral Prisional, o Pe. João Gonçalves. “A área jurídica vai poder enriquecer o trabalho de quem se dedica à pastoral prisional”, aponta o coordenador. Os juristas poderão intervir quer na reflexão, na consciencialização, humanização e também intervir na elaboração legislativa. “Atitudes que poderão criar na sociedade uma maior abertura para com os reclusos e as suas famílias”. O Pe. João Gonçalves aponta que o acompanhamento do advogado ao seu cliente não deve ser circunscrito ao processo do julgamento. “Um advogado cristão deve estar preocupado em defender o seu cliente, mas acompanhá-lo também no modo como a pena está a ser aplicada, cumprida e mesmo para a forma como a pessoa está a ser preparada para a sua reinserção social”. Factores que podem beneficiar “em muito os reclusos e a pastoral prisional”. A participar neste encontro está Cármen Bernabé, coordenadora da Equipa Europeia da Área Jurídica da Pastoral Penitenciária, “uma pessoas com uma grande experiência na área e conhecedora de variados casos por toda a Europa” e também o Pe. José Luís Bernabé, coordenador da Área Jurídica no Departamento de Pastoral Penitenciária. O coordenador nacional adianta mesmo que “são as melhores pessoas para nos falar da possibilidade efectiva de desenvolver passos similares”.