Pela unidade dos católicos na China

Pela primeira vez todos os católicos da China, da igreja clandestina, dependente de Roma, e da igreja oficial, reconhecida e controlada pelo governo comunista, estão juntos publicamente para responder ao desafio lançado por Bento XVI, concretizando no dia 24 de Maio, a Jornada de Oração pela Igreja da China. O primeiro encontro dos católicos chineses, em Itália, recebeu a benção do Papa, através do Cardeal Ivan Dias, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, que celebrou uma Eucaristia na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, acompanhado por centenas de sacerdotes chineses tanto da Igreja oficial como da não oficial, no meio de muitas outras nacionalidades. O Cardeal Ivan Dias afirmou que a expressão da unidade hoje manifestada pelos chineses é um importante fruto do trabalho de Bento XVI. Muitas vezes, debaixo da propagando do regime comunista, os católicos da Igreja oficial da China receiam explicitar a sua adesão ao Papa, preocupados com eventuais acusações de não patriotismo. O Cardeal afirmou que “no céu não haverá católicos reconhecidos e não reconhecidos porque todos somos filhos de Deus. E para o Papa esta unidade deveria ser igualmente vivida aqui na Terra”. O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos lembrou o “sofrimento do passado”, apelando a todos para esquecerem os erros passados. O Cardeal preferiu evidenciar sinais recentes da construção da relação entre a China e o Vaticano, lembrando o concerto que a 7 de Maio, a Orquestra Filarmónica de Beijing ofereceu “sob aprovação das autoridades governamentais” ao Papa, assim como o apelo pontifício para as orações pelas vítimas e pelos sobreviventes do terramoto de Sichuan. A cerimónia eucarística incluí cânticos chineses e orações em italiano e em chinês. A presença de centenas de católicos amigos da China imigrantes chineses, onde se encontravam alguns de Hong Kong, Singapura e Taiwan, marcou a celebração de natureza religiosa e não política. No final da celebração eucarística a assembleia recitou a oração que Bento XVI escreveu para a Senhora de Sheshan. O Cardeal Dias recordou que, no dia de hoje, em todas as igrejas do mundo, as mesmas palavras eram recitadas, convocando à unidade e ao desenvolvimento da evangelização da China e dos imigrantes chineses nas comunidades. Grupos imigrantes de chineses chegaram de Milão, Treviso, Prato, Florença e Nápoles. Após a sua chegada, ainda de madrugada a Roma, alguns visitaram a Basílica de São Pedro e o Coliseu, recordando os mártires cristãos de várias épocas, incluindo os da China.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top