O Cardeal Renato Renato Raffaele Martino aprovou a decisão do governo de Silvio Berlusconi de retornar à energia nuclear. “Como italiano, considero que esta decisão é muito conveniente. Como Cardeal, recordo que a Santa Sé é membro-fundador da AIEA, a agência internacional de energia atómica, que promove o uso pacífico da energia atómica”, explicou o cardeal, presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz. “A decisão do governo é conveniente porque a Itália compra energia eléctrica produzida por usinas de países confinantes a um preço muito alto”, acrescentou. D. Martino explicou também que há diversas razões para não temer incidentes como o que provocou a tragédia de Chernobyl, em 1986. A primeira é que “as usinas nucleares construídas hoje são muito mais perfeitas e modernas do que as da época de Chernobyl, cuja explosão, recordamos, foi causada por um erro humano”. Outro aspecto que convence o Cardeal é a consideração que “os italianos constróem usinas nucleares em todo o mundo. Por que não colocar a sua capacidade ao serviço do próprio país?”. O Cardeal indicou ainda que depois do referendo que decidiu o encerramento em 1987, elas não foram completamente interditadas. Assim, depois de reformadas, os operários que as mantêm podem voltar a trabalhar”. Com Rádio Vaticano