Santa Sé condena criação de embriões híbridos

A Santa Sé classificou como uma “monstruosidade” a aprovação, por parte dos parlamentares britânicos, da utilização de embriões híbridos, criados mediante a introdução de ADN humano em óvulos de animais. O presidente da Academia Pontifícia para a Vida (APV), D. Elio Sgreccia, considerou, em declarações à Rádio Vaticano, que esses tipos de pesquisas “são graves do ponto de vista ético”. Em virtude desta iniciativa legal, poderiam ser criados embriões citoplásmicos que seriam em 99,9% humanos, mas com uma fracção de genes animais. Segundo este projecto de lei, seria ilegal que um embrião deste tipo cresça durante mais de 14 dias ou seja implantado num útero. “Cada vez que a barreira homem-animal é quebrada, tivemos consequências muito graves, ainda que involuntárias”, afirmou o presidente da APV. D. Sgreccia acredita que a ideia de ajudar a encontrar remédios para doenças genéticas como o Alzheimer ou a Doença de Parkinson a partir de embriões híbridos “não tem fundamento”. “É uma mentira mediática sem base científica”, atirou. Anteriormente, o presidente da APV tinha lembrado que este tipo de embriões eram os únicos excluídos da fecundação artificial em todos os códigos internacionais, por serem considerados ofensivos à dignidade humana. A Academia Pontifícia para a Vida foi instituída por João Paulo II em 11 de Fevereiro de 1994, com o Motu Proprio “Vitae Mysterium”. Tem como objectivo o estudo, a informação e a formação sobre os principais problemas de bioética e de direito, relativos à promoção e defesa da vida, sobretudo na relação directa que estes têm com a moral cristã e com as directivas do magistério da Igreja Católica.

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