Cardeal celebrou primeira Páscoa como bispo sadino
Setúbal, 31 mar 2024 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal recordou hoje, na sua homilia de Páscoa, os cristãos perseguidos em várias partes do mundo, impedidos de celebrar a sua fé.
“Precisamos de saber que, como aqueles primeiros, muitos, muitíssimos continuam a derramar o seu sangue, mártires dos nossos dias. Precisamos de reconhecer esta realidade, tantas vezes pouco conhecida”, declarou D. Américo Aguiar, na Missa a que presidiu na catedral sadina.
O cardeal português sublinhou que os católicos de Setúbal puderam celebrar a ressurreição de Jesus, festa mais importante do calendário litúrgico, “sem medos, tranquilos, em paz”.
Não é assim em todo o mundo. Não foi assim que muitas irmãs e irmãos nossos viveram esta Páscoa. Uns com medo, outros com fome e sem casa, outros ainda escondidos. Peço-vos que nunca esqueçais o sofrimento de quem é perseguido pela sua Fé”.
O responsável católico agradeceu a todos os que acompanharam a sua primeira Páscoa como bispo sadino.
“Partilhar a Páscoa implica sempre partilhar o coração, permitir que outros vejam e sintam o nosso Amor por Jesus. Só assim faz sentido aquela pedra rolada, o túmulo vazio”, indicou.
O cardeal divulgou ainda uma mensagem de Páscoa, em vídeo, com um convite à abertura do coração “às surpresas de Deus” e à mensagem de esperança da ressurreição.
“Quero fazê-la ecoar no coração de todos e cada um de vocês, no coração dos que na Ucrânia vivem a guerra, no coração dos que na terra de Jesus vivem a guerra e no coração de todos aqueles que vivem trevas, que vivem nuvens cinzentas, que vivem sofrimentos impensáveis”, declarou.
O bispo de Setúbal deixa votos de “uma santa e feliz Páscoa”, tempo para “gritar a alegria de Cristo ressuscitado”.
OC