“A educação é um tema de extraordinária importância para a Venezuela”. Assim se manifesta a Conferência Episcopal Venezuelana num documento centralizado no chamado “sistema educativo bolivariano”, que, nestas semanas, começou a a ser aplicado. Os prelados pedem que a educação não seja mais um elemento de disputa política, pois trata-se do direito dos venezuelanos a uma formação de qualidade e com valores. “A batalha da educação, como alguém a baptizou, não deve ser ganha ou perdida por parcialidade alguma, porque os valores e os direitos não são objecto de votação”, afirma o texto lido pelo presidente da Comissão Episcopal da Educação, D. José Angel Divassón Cilvetti. O documento expressa a preocupação dos Bispos de que o sistema educativo seja colocado a serviço de um determinado projecto político, algo que é “arbitrário e excludente”. O texto critica “o exagerado militarismo, a visão parcial da História e a imposição de modelos no novo currículo escolar”. Nesse sentido, pedem que se estabeleça “um amplo diálogo nacional em respeito aos fundamentos teóricos, pedagógicos e filosóficos, que devem ser entendidos à luz da Constituição e não interpretados unilateralmente”.