Obra completa «trilogia teo-antropológica”», escrita pelo autor
Guimarães, 26 fev 2024 (Ecclesia) – A Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães, recebeu este domingo a apresentação do livro “Anatomia da Fé – Introdução pós-moderna ao cristianismo”, do padre José Miguel Cardoso.
“Após explicar a origem e contexto da obra, [o autor] reiterou ainda que esta tem como propósito principal ser para o leitor como um espelho que reflete em si o dom da fé que trespassa a nossa corporeidade”, informa uma nota enviada à Agência ECCLESIA.
O livro é o último da “trilogia teo-antropológica”, na qual se inserem “Onde está o meu filho?” (2022) e “Para uma escatologia sapiencial” (2023), e debruça-se sobre oito elementos do corpo humano, a partir dos quais relança alguns conteúdos centrais da fé cristã, sendo uma autêntica “introdução pós-moderna ao cristianismo”.
Para apresentar a obra, que cruza o cristianismo e cultura, o padre José Miguel Cardoso escolheu a cidade de Guimarães, capital Europeia da Cultura, em 2012.
A sessão foi orientada por Esser Jorge Silva, professor no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e colaborador no jornal vimaranense “O Conquistador”.
O poeta Carlos Poças Falcão, autor do prefácio da obra, apresentou o livro que se desdobra entre “o rigor teológico, a clareza lógica, articulando cruzamento com a cultura e o tom provocador, em sentido positivo, ao longo do texto”, diz a nota.
Foi ainda ressaltada a ousadia da obra em repensar “o lugar e a pertinência do próprio cristianismo para a sociedade contemporânea”, numa época em que se assiste a uma “metamorfose cultural após o fim do apogeu da modernidade”.
A apresentação do livro foi marcada também por momentos de música religiosa e cinematográfica, acompanhados por uma coreografia dos familiares mais novos do padre José Miguel Cardoso que representaram os oito elementos do corpo humano analisados na obra – olhos, ouvidos, boca, nariz, mãos, pés, cabelo e coração.
O pároco de Nossa Senhora de Oliveira, padre Paulino Carvalho, também esteve presente, falando na oportunidade que o evento oferece para “reforçar este areópago que a Igreja é chamada a assumir: o diálogo com a cultura”.
“Somos devedores de um património material e imaterial que queremos promover enquanto identidade cultural de um povo”, assinalou.
A obra, publicada pela Paulus Editora, está à venda nas livrarias e disponível nas plataformas digitais.
LJ/OC