Audiência abordou relações bilaterais e impacto das alterações climáticas no país asiático
Cidade do Vaticano, 22 jan 2024 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje, no Vaticano, o presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, que se encontrou ainda com os responsáveis da diplomacia da Santa Sé.
Segundo nota oficial, divulgada pelo Vaticano, durante estas reuniões “foram sublinhadas as boas relações existentes entre a Santa Sé e Timor-Leste e a contribuição que a Igreja Católica oferece diariamente ao país”.
Ramos-Horta, Nobel da Paz em 1996, abordou com o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e D. Paul Richard Gallagher, secretário do Vaticano para as Relações com os Estados, “alguns aspetos da situação económica e social” de Timor-Leste e “os problemas que as alterações climáticas provocam na região”.
“Dando continuidade à conversa, houve também uma troca de opiniões sobre a situação internacional e regional, com referência aos países do sudeste asiático”, acrescenta a Santa Sé.
A audiência com o Papa durou cerca de 35 minutos, tendo Francisco oferecido ao presidente timorense uma escultura em bronze que representa a fraternidade e documentos papais, informa o portal de notícias do Vaticano.
Ramos-Horta, por sua vez, ofereceu uma tapeçaria típica (tais) com uma imagem de Francisco pintada por um artesão local, um Rosário com pedras de sândalo, café local, bem como o Documento sobre a Fraternidade Humana (2019), assinado pelo Parlamento de Timor-Leste.
Mais de 95% da população timorense pertence à Igreja Católica.
Francisco teve uma viagem prevista a Timor-Leste em 2020, que foi adiada devido à pandemia de Covid-19, esperando-se que passe pelo país durante a visita apostólica que vai realizar à polinésia, em agosto.
“”Foi uma conversa demorada, para além do comum, onde trocamos impressões sobre tudo e onde falei sobre a situação em Timor Leste, que ele aliás conhece bem”, disse o chefe de Estado timorense, em declarações à Renascença.
José Ramos-Horta acredita que a viagem do Papa Francisco vai ajudar a “colocar Timor Leste no mapa – mais ainda do que já está – ajudará imenso à imagem de Timor e à fé dos timorenses”.
OC