Vida Consagrada: Ordem de Santo Agostinho celebra 50 anos do regresso a Portugal

Destacam-se do programa uma conferência de D. Carlos Azevedo, uma exposição itinerante e um ato solene, na antiga casa mãe da Província Portuguesa Agostiniana

Lisboa, 18 jan 2024 (Ecclesia) – A Ordem de Santo Agostinho (OSA) está a comemorar o 50.º aniversário da restauração em Portugal (1974-2024), e convidou D. Carlos Azevedo para apresentar uma conferência, este domingo, 21 de janeiro, às 16h00, na Paróquia de São Domingos de Rana.

“Dar a conhecer a grande riqueza espiritual e patrimonial da Ordem em Portugal, não apenas neste meio século, mas também ao longo dos mais de cinco séculos da Província Portuguesa até à desamortização e expulsão em 1834”, é o propósito dos frades agostinhos ao longo deste ano de 2024, divulga o Patriarcado de Lisboa.

Atualmente, os frades agostinhos estão presentes em duas comunidades no Patriarcado de Lisboa: as Paróquias de Santa Iria de Azoia, desde 1986, e de São Domingos de Rana, desde 2004.

Do programa festivo deste cinquentenário destaca-se já a conferência ‘A presença da Ordem de Santo Agostinho em Portugal do século XIII a 1834: fases, conventos e figuras relevantes’, que é apresentada por D. Carlos Azevedo, delegado do Conselho Pontifício para as Ciências Históricas, este domingo, dia 21 de janeiro, a partir das 16h00, na paróquia de São Domingos de Rana.

A OSA recorda que o bispo português, que está ao serviço da Santa Sé, é autor da obra ‘Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho em Portugal (1256-1834)’.

Após a conferência, há uma mesa redonda com a apresentação de diferentes testemunhos, desde 1974 – com religiosos e religiosas agostinianas, membros das Fraternidades Agostinianas Seculares e jovens da Juventude Agostiniana Portuguesa (JAP), o encontro termina com a celebração da Eucaristia, na igreja matriz de São Domingos de Rana, às 19h00, presidida por D. Carlos Azevedo.

A Ordem de Santo Agostinho, cujos frades eram chamados popularmente como ‘gracianos’ pelo seu vínculo a Nossa Senhora da Graça, explica que foi a 20 de janeiro de 1974 que foi oficializado o seu regresso a Portugal, há 50 anos, com a tomada de posse da Paróquia de São Vicente na cidade da Guarda, depois assumiram o serviço pastoral de três paróquias em Arruda dos Vinhos e outras três em Sobral de Monte Agraço, no Patriarcado de Lisboa.

A OSA para assinalar os 50 anos deste regresso a Portugal está a organizar uma exposição, sob o lema ‘Passado, Presente e Futuro’, que mostrará “o legado agostiniano em Portugal, nas suas diferentes etapas, até 1834 e desde 1974 até à atualidade”.

A exposição itinerante vai começar o seu périplo no próximo mês de fevereiro, em Santa Iria de Azoia, e vai percorrer diferentes geografias do país: Cascais (março); Santarém (abril); igreja da Graça, em Lisboa, em maio.

Segundo a Ordem de Santo Agostinho o momento culminante deste cinquentenário é um ato solene na igreja de Nossa Senhora da Graça, em Lisboa, a “antiga casa mãe da Província Agostiniana de Portugal”, no dia 1 de junho (sábado), a partir das 16h00, no antigo refeitório conventual, e Eucaristia, às 18h30.

As comemorações do 50º aniversário da restauração da presença agostiniana em Portugal (1974-2024) começaram no dia 12 de novembro de 2023, véspera da Festa de Todos os Santos da Ordem, com um encontro fraterno e o lançamento do podcast intitulado ‘Dentro do Coração’, que tem 12 episódios, e pode ser ouvido em diversas plataformas.

Em 2010, no dia 9 de outubro, foi ordenado o primeiro padre agostinho português desde a expulsão das Ordens Religiosas, em 1834.

A Ordem de Santo Agostinho, ou Ordem Agostiniana, (OSA) foi fundada por Santo Agostinho, e a sede apostólica por meio do Papa Inocêncio IV, em 1254, em Roma

CB

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