Relatório indica que número subiu comparativamente a 2022
Cidade do Vaticano, 30 dez 2023 (Ecclesia) – A Agência Fides, do Vaticano, informou hoje que 20 missionários foram mortos durante o ano de 2023, numa lista que aumenta em duas pessoas a estatística de 2022.
“Em relação ao ano passado, há mais dois missionários mortos, mas, como recorda a Fides, os dados compilados continuam abertos a atualizações e correções. O número mais elevado é novamente registado em África, onde foram mortos nove pessoas (cinco sacerdotes, dois religiosos, um seminarista e um noviço), seguindo-se a América com seis vítimas (um bispo, três sacerdotes e duas leigas leigas), a Ásia com quatro leigos mortos e a Europa com um missionário leigo morto”, indica a Agência do Vaticano.
O relatório dá conta que, em África, os países onde se registaram as vitimas são a Nigéria, Burkina Faso e Tanzânia, “em muitos casos vítimas de sequestros ou atos de terrorismo, envolvidos em tiroteios ou violências de vários tipos”; no continente americano destaca-se o México e os EUA ; na Ásia, as Filipinas e a Palestina , e na Europa, a vítima encontrava-se em Espanha.
A Agência Fides indica que 544 agentes pastorais foram assassinados entre 2001 e 2022; cerca de 115 na década de 1980-1989; 604 entre 1990 e 2000, a década em que ocorreu o genocídio no Ruanda, resultando em pelo menos 248 vítimas entre o pessoal da Igreja.
O dossier da Fides “não se refere apenas aos missionários ad gentes em sentido estrito, mas toma em consideração todas as pessoas batizadas e empenhadas na vida da Igreja que morreram de forma violenta, mesmo quando isso não acontece expressamente como «ódio à fé»”, recorda ainda o relatório.
LS