Governo português pede protecção para missão católica em Moçambique

O governo português pediu às autoridades moçambicanas “protecção acrescida” para a missão católica assaltada durante o fim-de-semana, quando um missionário português foi gravemente ferido e um cidadão moçambicano assassinado. A agência Lusa refere que o pedido às autoridades moçambicanas foi feito através da Embaixada de Portugal pelo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga. O representante português diz haver mais cidadãos portugueses na missão, situada na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique. António Braga adiantou que o missionário português, gravemente ferido no assalto, já recebeu a visita de pessoal da Embaixada de Portugal em Maputo, que lhe disponibilidade para o apoio que venha a ser necessário, e salientou que “felizmente, está livre de perigo”. O missionário português da Sociedade Missionária da Boa Nova (SMBN), de 78 anos, recebe tratamento médico no Hospital Central de Maputo, devendo ter ainda que ser submetido a intervenções cirúrgicas. O religioso não vê, por causa de um golpe de catana. “Deram-me vários golpes, incluindo na cabeça, no olho esquerdo – a vista que eu tinha foi-se embora, não vejo nada – e nos braços. Vá lá que só me ‘catanou’ dos cotovelos para baixo. Os braços para cima estão mais ou menos bons”, relatou à Lusa. O Pe. Albino dos Anjos, superior Geral da SMBN, manifestou à Agência ECCLESIA a sua preocupação, condenando o ataque contra a missão e “lamentando profundamente a morte de um cidadão moçambicano”, que desempenhava as funções de guarda. Este responsável espera que as autoridades moçambicanas “possam desenvolver a investigação, de forma a responsabilizar” os autores do ataque. “Isto não nos assusta, mas é claro que estamos preocupados”, acrescenta.

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