Solidariedade: Cáritas Internacional associou-se ao Dia de Ação Global por cessar-fogo na Terra Santa

Secretário-geral da instituição destaca que as pessoas «em todo o mundo devem unir-se» e dizer a uma voz unidas, «Basta! Cessar fogo! Parem com este bombardeamento»

Foto: EPA/Lusa

Cidade do Vaticano, 19 dez 2023 (Ecclesia) – A Caritas Internationalis associou-se ao Dia de Ação Global por um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e em Israel, “para evitar uma catástrofe humanitária e novas perdas de vidas inocentes”, realizado esta segunda-feira (18 de dezembro).

“Neste Dia de Ação Global, instamos todas as partes na Terra Santa a um #CeasefireNow (cessar-fogo agora). As pessoas em todo o mundo devem unir-se e dizer com uma voz global unida: ‘Basta! Cessar-fogo! Parem com este bombardeamento brutal!’. Os líderes devem exortar Israel e o Hamas a cessar-fogo na Terra Santa”, assinala o secretário-geral da Cáritas Internationalis, num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.

Alistair Dutton lembra a necessidade de “salvaguardar todos os civis afetados pelo conflito”, que começou a 7 de outubro, a observar o direito internacional, de “garantir o acesso humanitário e a segurança” e que se libertem “todos os reféns”.

Ao aderir a este Dia de Ação Global que apela a um cessar-fogo imediato na guerra entre Israel e o movimento Hamas, a Caritas Internationalis destaca a importância de “conceder urgentemente acesso humanitário seguro e desimpedido em Gaza” e permitir operações de ajuda em grande escala e fornecedores do sector privado, através da reabertura da passagem de Karem Abu Salem.

A organização internacional católica pede também que se restabeleçam “serviços básicos”, incluindo a água, a eletricidade, as comunicações e entregas humanitárias e comerciais de alimentos, utensílios domésticos básicos e combustível.

Neste contexto, a reforçar o seu apelo por um cessar-fogo na Terra Santa, a Caritas Internationalis reafirma que é preciso proteger os civis, “distinguindo entre civis e combatentes de acordo com as Convenções de Genebra”, respeitar o Direito Internacional Humanitário e o Direito Internacional dos Direitos Humanos, e “libertar imediata e incondicionalmente” os civis reféns e “todos os que estão presos arbitrariamente”.

Segundo o comunicado, várias Cáritas nacionais, das 162 organizações que fazem parte da Confederação Internaiconal, aderiram ao Dia de Ação Global por um cessar-fogo, incluindo a Cáritas MONA (Oriente Médio e Norte da África) e a Cáritas de Jerusalém.

A petição mundial que apela a um cessar-fogo imediato nestes territórios da Terra Santa já conta com “mais de 800 organizações em todo o mundo e reuniu mais de 3,5 milhões de assinaturas”, contabiliza a Cáritas Internationalis.

O conflito entre Israel e Hamas dura desde 7 de setembro, quando o grupo islamita atacou o território israelita, matando 1200 pessoas, na sua maioria civis, e fazendo mais de 200 reféns; Em retaliação, Israel vem bombardeando Gaza e bloqueou a entrada de bens essenciais como água, medicamentos e combustível.

O secretário-geral da Cáritas Internationalis esteve recentemente com funcionários da Cáritas em Jerusalém e visitou Belém e Ramallah na Cisjordânia, e denuncia que “a brutalidade deste conflito é horrível”.

“Quase 20 mil pessoas foram mortas, feridas, deslocadas e mantidas reféns, incluindo crianças; O massacre brutal de pessoas na Terra Santa deve acabar!”, Alistair Dutton.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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