D. Diamantino Antunes diz que «complementaridade» entre quem parte e quem recebe enriquece as duas partes
Lisboa, 20 out 2023 (Ecclesia) – O bispo de Tete (Moçambique) pede à Igreja portuguesa que “não perca a dimensão missionária” porque “o dar e receber” é uma complementaridade que enriquece as pessoas.
“A Igreja não pode perder a dimensão missionária, no passado havia menos meios mas fomos longe e fizemos muito pela evangelização e promoção dos povos” disse à Agência Ecclesia D. Diamantino Antunes.
Em pleno outubro missionário, o religioso português daquela diocese moçambicana realça que os povos devem “estar abertos à missão” porque “o dar e receber é uma complementaridade” que enriquece as pessoas.
O bispo de Tete refere que a igreja moçambicana é “jovem” e está “em crescimento e muito sinodal”.
D. Diamantino Antunes realça que a Igreja moçambicana tem “raízes no passado muito ligadas à evangelização de Portugal”.
Desde 1977, com a primeira assembleia nacional de pastoral, a Igreja em Moçambique optou por ser uma “igreja de base, de comunhão e participação assente nas pequenas comunidades e nos ministérios laicais”.
“Os leigos têm uma vida muito participativa na vida pastoral da Igreja” e “são os primeiros protagonistas da evangelização”, afirmou o responsável, recordando o Sínodo sobre a sinodalidade, que decorre no Vaticano.
O missionário português, responsável pelo Departamento da Catequese em Moçambique, reconhece que o processo catequético naquele país “está muito assente no catecumenado, evangelização dos adultos”.
Com uma grande taxa de iliteracia, a Igreja em Moçambique está “atenta às novas gerações e procura ter uma linguagem adaptada aos tempos novos”.
A “grande dificuldade”, acrescenta o entrevistado, são os meios e a “diversidade de línguas” que existem naquele país lusófono.
O testemunho de D. Diamantino Antunes é um dos destaques do Programa ECCLESIA na Antena 1 da rádio pública, este domingo, pelas 06h00.
LFS/OC