Teatro, dança e música são algumas das áreas envolvidas na «iniciativa pioneira» que abrange também a comunidade prisional, explica o presidente da Irmandade dos Clérigos.
Lisboa, 11 out 2023 (Ecclesia) – “Elo” é o nome do projeto social e educativo apresentado esta segunda-feira pelo Coliseu Porto Ageas e a Irmandade dos Clérigos, no Porto, numa parceria que promete dar vida a histórias com origem no Coliseu e nos Clérigos.
Música, teatro, dança, storytelling são as áreas abrangidas pelo projeto que tenciona reunir cerca de 2000 pessoas de diferentes idades e contextos sociais, nomeadamente a comunidade prisional, desde os reclusos aos guardas prisionais.
O nome “Elo” resulta precisamente desta ligação entre disciplinas artísticas, setores e âmbito inclusivo.
“Queremos despertar sorrisos nos jovens, na população prisional e nos mais idosos, mostrando-lhes que podem, e que têm dentro de si, qualidades excecionais”, manifestou o padre Manuel Fernando, presidente da Irmandade dos Clérigos, em conferência de imprensa.
Para o sacerdote, “esta iniciativa pioneira” será uma “mais-valia para o Porto” e também para o “resto do país”, já que acredita que “haja um efeito de inspiração do projeto ‘Elo’ para outras instituições e regiões.
“Com esta parceria, as duas torres da cidade, a do Coliseu e a dos Clérigos, unem-se num elo afetivo, mostrando como as instituições culturais e sociais podem e devem trabalhar em rede”, destacou Miguel Guedes, presidente da Associação Amigos do Coliseu do Porto.
Na apresentação esteve também presente Filipa Godinho, diretora do serviço educativo do coliseu.
Com início marcado para outubro, a iniciativa vai abrir o Coliseu e a Torre dos Clérigos a 20 visitas orientadas, na primeira fase do projeto, que culmina a 18 de junho com um espetáculo no Palco do Coliseu, decorrente de nove meses de atividades.
Num primeiro momento, está previsto o convite a 240 adultos e seniores que integram várias associações sociais do Porto, desde lares e centros de dia a Universidades Seniores, através dos quais os educadores do Coliseu vão recolher 20 histórias e memórias vividas nestes dois locais da cidade.
O músico Pedro Abrunhosa é a figura que vai dar o pontapé de saída neste sentido, sendo o primeiro doador simbólico de histórias “Elo”, que vai partilhar duas memórias: uma experienciada no Coliseu e outra nos Clérigos.
O teatro, a dança e a música surgem numa fase posterior, em que em grupos os participantes vão ser orientados por profissionais.
Os atores Pedro Lamares e Carolina Rocha vão conduzir as aulas de representação, de outubro a junho, com a possibilidade da participação dos doadores das histórias.
No que respeita à dança, Eliana Campos, bailarina e professora de dança, será a responsável por comandar as aulas de introdução à área.
A partir de janeiro e até junho, o grupo começa a perspetivar a criação de um espetáculo, seja a participar na narrativa geral, a interpretar histórias ou até intersetar o guião do grupo de teatro.
Para os interessados em participar nos grupos de teatro e dança inclusiva, as inscrições abrem esta semana, em educativo.coliseu.pt.
Já a música estará sob alçada do músico António Serginho, em que 40 participantes vão aprender a produzir música recorrendo aos seus talentos e vontades, isto é, através do corpo ou a partir de instrumentos musicais e voz.
LJ/PR