Bispos do Quénia apelam ao diálogo entre Governo e oposição

“Nunca é tarde demais para que os nossos líderes mudem de opinião e se falem. Não é este o tempo de jogar a culpa uns sobre os outros. Por esta razão, apoiamos plenamente os esforços de mediação de Kofi Annan e sua equipa. Solicitamos ao presidente Mwai Kibaki e ao parlamentar Raila Odinga para que abram suas mentes e seus corações e comecem imediatamente o diálogo”. Assim os bispos do Quénia exprimem o forte apoio à mediação iniciada pelo ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, num documento enviado à Agência Fides. Os bispos pedem, além disso, o “fim imediato da violências e das situações que conduzem à violência, inclusive a organização de demonstrações que, neste ambiente instável, conduzem aos confrontos, e o excessivo uso da força por parte das autoridades policiais”, assim como o uso de uma linguagem que incita os ânimos. Na mensagem da Conferência episcopal se denuncia também o uso de mensagens incendiárias enviadas através dos telemóveis Os bispos, além disso, tomam posição a respeito da questão do retorno dos refugiados às suas habitações: “Cremos que não seja o tempo de forçar os refugiados para que acabem voltando em lugares onde não há mais nada que os atraia. Os pobres se tornaram ulteriormente ainda mais empobrecidos. Como podem voltar?” No plano político, Kofi Annan encontrou-se no dia 24 de Janeiro com o presidente Kibaki, ao mesmo tempo em que continuam os confrontos em diversas áreas do país, particularmente na região oeste e nas favelas de Nairobi, onde as violências assumem características criminais. Com Radio Vaticano

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