Combater o preconceito da imigração junto dos jovens

Caritas e CLAI de Viana do Castelo organizam sessões formativas nas eccolas Combater preconceitos, quebrar mitos e formar os jovens são os principais objectivos das sessões formativas que a Caritas diocesana e o Centro Local de Apoio aos Imigrantes – CLAI de Viana do Castelo estão a desenvolver junto das escolas, com vista à sensibilização e mobilização dos alunos, do 8º e 12º ano, para a causa do acolhimento e integração dos imigrantes. As sessões de formação são da responsabilidade do Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural – ACIDI. Partindo da iniciativa de um grupo de alunos da Escola Secundária de Monserrate, que solicitaram a ajuda do CLAI na procura de material, surgiu a iniciativa de preparar as sessões formativas sobre “Mitos e Factos”. O ACIDI fornece um Kit Pedagógico “Mitos e Factos sobre Imigração” onde aborda questões relacionadas com o trabalho, a saúde, a educação, a cultura, a língua, a justiça, bem como as problemáticas relacionadas com os descendentes de imigrantes, o racismo e a discriminação e o papel dos media, entre outros. Nas cinco sessões os alunos ganham noção de uma realidade que lhes é próxima através da visualização de filmes, de debates e da exposição de casos de imigrantes em Portugal. Ana Costa, mediadora do CLAI, explica à Agência ECCLESIA que a comunidade imigrante com maior presença em Viana do Castelo é a africana “da África central”, mas também a brasileira. Erradamente, os jovens pensam ser a comunidade chinesa, “muito presente através do comércio”. Ana Costa explica que os preconceitos não são transversais, mas mudam consoante a nacionalidade. A mediadora recorda sessões que acompanhou e dá conta de “preconceitos sobre a comunidade chinesa”. Os estabelecimentos de ensino “vão estando habituados à multiculturalidade”, mas a mediadora do CLAI aponta a necessidade de “fazer formação também entre os professores”. Enquanto responsáveis pela educação, os professores “não recebem formação específica para lidar com esta realidade”. Para um professor no ensino “no ensino há 20 anos, esta é uma situação nova”, afirma Ana Costa. Este módulo formativo destina-se sobretudo a instituições directa ou indirectamente implicadas no processo de acolhimento e integração dos imigrantes: escolas, associações, ONGD’s, instituições de solidariedade social, autarquias, hospitais, tribunais, organismos públicos e privados, em geral. São destinatários deste módulo dirigentes associativos, mediadores sócio-culturais, técnicos de intervenção / acção social (que trabalhem na área do acolhimento e a integração de imigrantes em Portugal), professores, estudantes e a comunidade em geral. Esta é uma iniciativa que o CLAI de Viana do Castelo quer dar continuidade, em especial nos estabelecimentos de ensino.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top