Vaticano: «Rezemos, por favor. Não esqueçamos a martirizada Ucrânia», pediu o Papa

Francisco lembrou que a «guerra é cruel», na audiência geral de quarta-feira

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 23 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa Francisco reafirmou hoje que “a guerra é cruel” e pediu que se reze pelos “irmãos ucranianos que sofrem tanto”, perante milhares de pessoas reunidas no Auditório Paulo VI, no final da audiência pública semanal.

“Rezemos pelos nossos irmãos ucranianos que sofrem tanto, a guerra é cruel”, disse o Papa, na saudação em língua italiana, lembrando que o país do leste europeu comemora hoje uma data significativa.

Francisco alertou para as muitas “crianças desaparecidas” e para os “tantos mortos” nesta guerra que começou em fevereiro de 2022, reforçando o apelo: “Rezemos, por favor. Não esqueçamos a martirizada Ucrânia”.

Antes, na saudação aos peregrinos polacos, o Papa lembrou que vão celebrar a solenidade de Nossa Senhora de Czestochowa (26 de agosto), a padroeira da Polónia, desejando que testemunhem “na prática o amor ao próximo, em particular com a população ucraniana que sofre com a guerra”.

O portal ‘Vatican News’ informa que pelo menos “500 crianças foram mortas” na Ucrânia desde o início da guerra, e “quase 1100 ficaram feridas”, segundo os dados mais recentes da Procuradoria Geral de Kiev; o mediador do vaticano, enviado pelo Papa à Ucrânia, o cardeal Matteo Zuppi, nas visitas a Kiev e Moscovo, também alertou para a deportação de crianças ucranianas para a Rússia.

A Ucrânia celebra hoje o  o Dia Nacional da Bandeira e vai comemorar, esta quinta-feira, 24 de agosto, o Dia da Independência; o Ato de Independência da Ucrânia foi proclamado a 24 de agosto de 1991.

O presidente da República Portuguesa chegou hoje à Ucrânia, para uma visita de dois dias ao país, onde vai participar nas celebrações do Dia da Independência, e encontrar-se com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, esta quinta-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa viajou da Polónia para a Ucrânia e começou a sua visita por Kiev, onde desembarcou na estação de comboios da capital ucraniana, acompanhado ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, já esteve em Bucha, em Moschun, uma aldeia nos arredores de Kiev, onde esteve numa trincheira, passou pela vila de Horenka, viu um prédio com uma das obras do artista internacional Banksy, e por Irpin.

Antes da edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Portugal (1 a 6 de agosto), o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, também esteve na Ucrânia, visitou, por exemplo, as cidades ucranianas de Bucha e Irpin, a 17 de julho, onde pôde ver destroços de guerra e o impacto da invasão russa, e esteve com muitas pessoas, famílias, sacerdotes, jovens, com a Igreja católica e a Igreja greco-católica.

CB

 

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Agência ECCLESIA

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