Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, inaugurou este Domingo as obras de requalificação do pátio do Mosteiro de Semide, único monumento local classificado como Imóvel de Interesse Público, com a autarquia a aproveitar para reclamar a recuperação do imóvel. A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Fátima Ramos (PSD), diz esperar que a inauguração destes trabalhos – orçados em cerca de 160 mil euros – “constitua um exemplo para o Governo, que vem adiando há vários anos a segunda fase das obras de recuperação do Mosteiro, apesar dos insistentes alertas do executivo”. Em declarações à agência Lusa, a autarca adiantou que está a “tentar marcar uma nova reunião com o secretário de Estado da Cultura, no seguimento de uma portaria publicada em Dezembro que possibilitava o arranque das obras”. Fundado no século XII, o Mosteiro de Semide, cujo claustro ameaça ruir, é constituído pela igreja, pertencente à paróquia, e pela parte conventual, propriedade do Estado, onde se encontram a funcionar um lar da Cáritas Diocesana de Coimbra e um pólo do CEARTE, que dá formação profissional e apoio social a várias dezenas de jovens. O pároco local, Pe. António Pedro dos Santos recorda que aquele espaço era o antigo pátio das monjas e que estava “esquecido e adulterado”, pelo que a intervenção da autarquia veio restituir “a harmonia e o equilíbrio, dignificando o mosteiro e o concelho”. “Espero agora que as obras de recuperação dos edifícios, já adjudicadas, sejam recomeçadas rapidamente, porque é esse o desejo da população. O Estado tem de cumprir aquilo que prometeu”, sublinhou o pároco, insistindo na “urgência do começo das obras”. Redacção/Lusa