Livro de Bento XVI já vendeu 2 milhões de exemplares

“Jesus de Nazaré”, a primeira obra assinada por Joseph Ratzinger depois da sua eleição como Papa, já vendeu mais de 2 milhões de cópias desde Abril de 2007. Ao longo do actual ano, o livro será lançado em 50 países, desde a Albânia ao Japão, passando pelo Brasil, Nova Zelândia, Egipto ou Indonésia. Em Portugal, a obra foi editada pela Esfera dos Livros em finais de Outubro passado. O Papa, neste livro, procura responder às tendências do actual contexto cultural, que procuram distanciar o Jesus da história do Cristo da fé, quase ignorando as respostas “institucionais” sobre a figura central do Cristianismo. Os factos históricos, contudo, podem estar ao serviço da fé. Ao longo de 10 capítulos, Bento XVI mostra-se atento aos dados da pesquisa moderna sobre Jesus e apresenta o Jesus dos Evangelhos como o verdadeiro Jesus histórico, “uma figura sensata e convincente a que podemos e devemos fazer referência com confiança e sobre a qual temos motivos para apoiar a nossa fé e a nossa vida cristã”. “Acreditar que era precisamente como homem que Jesus era Deus”, assinala, “vai para além das possibilidades do método histórico”. O Papa considera que no texto bíblico se encontram todos os elementos para afirmar que a personagem histórica de Jesus é também “efectivamente o Filho de Deus que veio à terra para salvar a humanidade”. Bento XVI expõe um resumo dos diversos resultados da investigação científica sobre quem era o evangelista João. Abrem-se ao leitor novos horizontes que revelam Jesus, de modo cada vez mais claro, como o “Verbo de Deus” feito homem para a nossa salvação, como o “Filho de Deus”, que veio a reconduzir a humanidade à unidade com o Pai. O Jesus que encontramos nos Evangelhos é, para o Papa, “muito mais lógico do ponto de vista histórico e também mais compreensível do que as reconstruções com que nos tivemos de confrontar nos últimos anos”. Bento XVI entra na discussão à volta, numa questão, que desde logo, desperta a atenção: há uma verdadeira história de Jesus? A verdadeira história de Jesus não está na Bíblia? A figura dos Evangelhos é credível? “Eu tenho confiança nos Evangelhos”, afirma, com convicção.

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