JMJ 2023: Transportar os símbolos em embarcações típicas, para o Campo da Graça, «é uma grande honra e também uma grande responsabilidade» – Stella Maris da Moita

«Esperamos que todos compreendam a marca marítima que este gesto pretende deixar» – Padre Sílvio Couto

Foto: Agência ECCLESIA/PRMoita, 19 jul 2023 (Ecclesia) – O pároco da Moita do Ribatejo e o coordenador do ‘Stella Maris’ desta paróquia destacam a importância de a “dimensão marítima” estar presente na JMJ 2023, no ‘Festival Marítimo’ e na procissão/desfile com os símbolos da Jornada.

“Esperamos que todos compreendam a marca marítima que este gesto pretende deixar a todos. Embora os barcos típicos estejam de entrada, rio acima, desejamos que seja tudo isto um sinal de saída, como o Papa Francisco tanto tem insistido”, disse o padre Sílvio Couto, à Agência ECCLESIA.

Os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude – a cruz e o ícone de Nossa Senhora – vão ser transportados pelo Rio Tejo por um varino de água acima, do Município da Azambuja, e descarregados por jovens avieiros trajados, no dia 5 de agosto, sábado, a partir das 16h00.

“Transportar a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, seja pelos barcos típicos do Tejo ou pelos nossos irmãos(ãs) avieiros, é uma grande honra e também uma grande responsabilidade; o olhar de milhares jovens. É um culminar de mais uma etapa da nossa vida cristã”, disse Rui Mira, responsável pelo Stella Maris-Moita do Ribatejo (Apostolado do Mar), à Agência ECCLESIA.

O padre Sílvio Couto, que foi o diretor nacional do Apostolado do Mar (novembro de 2008 a dezembro de 2014) e na diocese sadina esteve ligado ao mar, na Paróquia de Santiago de Sesimbra, e “agora ao rio, na Moita”, explica que “há uma forma muito própria de viver a fé cristã nestas zonas marítimas”, sejam com ligação ao mar, seja na relação com o rio Tejo.

Neste contexto, considera que a Igreja Católica “já se apercebeu dessa importância do mar e dos rios”, mas deve continuar a tarefa de refletir, de estudar, e de “conjugar isso, a que um bispo francês designava, ‘fé com sabor a sal’”, e que “se deve incluir ainda a perspetiva de sabor a sol”.

“A água é elemento essencial das grandes expressões religiosas, tanto ao nível cultural, como na dimensão espiritual. Precisamos desta força com elo de ligação a tantos que podem não ter a nossa vivência religiosa”, acrescentou.

Para o padre Sílvio Couto, por momentos, pareceu estar em risco “a dimensão marítima” de Portugal na edição internacional da JMJ 2023, que se realiza de 1 a 6 de agosto, em Lisboa, mas o ‘Festival Marítimo da JMJ 2023’, que vai apresentar “vivências, tradições e culturas”, proporcionar passeios a bordo das embarcações tradicionais, a partir de 2 de agosto, na Doca da Marinha.

Rui Mira, do Stella Maris-Moita, afirma que “é de grande importância” a participação das comunidades ribeirinhas na Jornada, para difundirem “mundialmente, através dos jovens, a cultura, as tradições e a fé”.

Do programa do ‘Festival Marítimo da JMJ 2023’, que é realizado em parceria com a Marinha do Tejo, e outras organizações/instituições públicas e privadas, destaca-se a procissão/desfile com que a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’, para o Parque Tejo (Campo da Graça), o local dos atos finais da Jornada, no dia 5 de agosto, sábado, a partir das 16h00.

Rui Mira contextualiza ainda que o Stella Maris da Moita, em 2021, apresentou a ideia do ‘Festival Marítimo’ a D. Daniel Henrique, que acompanhava a nível nacional o Apostolado do Mar, e recorda que “acolheu muito bem”; o bispo-auxiliar de Lisboa faleceu a 4 de novembro de 2022, e ficaram “sem um timoneiro”, até que padre Sílvio contactou o presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, D. Américo Aguiar, e, este ano, foi-lhes pedido para apresentar um projeto.

CB/OC

 

 

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Agência ECCLESIA

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