O número dois do Patriarcado Ortodoxo de Moscovo confirmou à agência Interfax o degelo nas relações com o Vaticano, esperando que a nomeação de um novo Arcebispo católico para a capital russa ajude a “superar as dificuldades que existem entre as nossas Igrejas”. O Metropolita Kyrill falava após a tomada de posse de D. Paolo Pezzi, Arcebispo italiano que substitui na Arquidiocese moscovita D. Tadeusz Kondrusiewicz, transferido para Minsk, na Bielorrússia. “É evidente que, após um período de grande frio, passámos para um período de degelo”, indicou o responsável pelas relações externas do Patriarcado de Moscovo. D. Paolo Pezzi, tomou posse da sua nova diocese no passado Sábado, deixando clara a vontade de dialogar com a Igreja Ortodoxa na Rússia. Para o Metropolita Kyrill “ambas as Igrejas têm consciência de que estão ligadas em relação a muitos problemas de grande importância para a humanidade, o que cria uma certa solidariedade”. Ao contrário do que acontecia com João Paulo II, o Patriarca Ortodoxo de Moscovo não coloca completamente de parte uma possível visita de Bento XVI à Rússia, desde que os problemas existentes sejam resolvidos. Entre eles, o que tem maior destaque é o alegado proselitismo da Igreja Católica em territórios da antiga URSS, para além do uniatismo (termo com o qual os ortodoxos se referem aos cristãos de países de tradição ortodoxa em união com o Papa).