Funchal: Bispo lavou os pés a jovens que vão participar na Jornada Mundial da Juventude

«Só aquele que serve é capaz de amar», afirmou D. Nuno Brás, na Missa vespertina da Ceia do Senhor

Funchal, Madeira, 06 abr 2023 (Ecclesia) – O bispo do Funchal lavou hoje os pés a seis jovens que vão participar na Jornada Mundial da Juventude em Lisboa e a seis irmãos da Confraria do Santíssimo Sacramento, na Missa da Ceia do Senhor, na Sé.

“Tal como o vemos o amor de Deus em nós, a caridade, é, em primeiro lugar, viver em constante atitude de serviço”, disse D. Nuno Brás, esta tarde, na homilia enviada à Agência ECCLESIA.

O bispo do Funchal afirmou que “só aquele que serve é capaz de amar”, e exemplificou com o tomar o lugar do servo, o “estar disposto não apenas a realizar aquele gesto de maior humildade que é o de lavar os pés aos que chegam para a refeição”, mas a assumir essa atitude sempre, em qualquer momento.

Com a Missa vespertina da Ceia do Senhor tem início o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor: é comemorada a instituição dos Sacramentos da Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés); no final da Missa, o Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os altares.

Nesta celebração, na Sé do Funchal, o bispo diocesano realizou o “gesto simbólico do lava-pés”, e, este ano, escolheram seis jovens que vão participar vão participar na edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa, de 1 a 6 de agosto, e seis irmãos da Confraria do Santíssimo Sacramento.

A partir da leitura do Evangelho, de São João, que relata a Última Ceia de Jesus com os seus discípulos – “sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim” -, D. Nuno Brás explicou que “não basta a Jesus tecer algumas amizades”, e, muito menos, encontrar “algumas dependências cegas que possam ser usadas para criar um movimento de seguidores”.

“O amor, ao contrário, traz sempre consigo a verdade e a liberdade de quantos nele se encontram envolvidos. Diz respeito a todas as dimensões do ser humano; consiste em encontrar a felicidade no bem do outro — consiste, por isso, num ‘querer bem ao outro’, qualquer que seja a sua dimensão ou profundidade”, desenvolveu.

Segundo o bispo do Funchal, a caridade, o “amor de Deus” em cada um, é, como também mostra Jesus, “a própria Eucaristia”, porque “a caridade, o seu amor”, é um querer permanecer para sempre, “tornando-se alimento que conduz à vida eterna”, é também “a entrega da vida que Jesus faz na cruz”.

“De Jesus e destas suas atitudes finais de Quinta-feira Santa, aprendamos também nós a amar”, pediu D. Nuno Brás, incentivando a assembleia que deixe que Jesus “ensine o que é o amor, e o amor até ao fim”, isto é, “a caridade, amor de Deus” em cada um.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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