A formação para os Ministros Extraordinários da Comunhão (MEC) iniciou -se este fim de- semana, no Seminário Conciliar de São Pedro e São Paulo, em Braga. Nos dois dias de formação, os MEC ficaram a conhecer melhor as normas para o exercício deste Ministério, como explicou ao DM o cónego Manuel Joaquim Costa, responsável pela Comissão Arquidiocesana para a Pastoral Litúrgica e Sacramentos. Segundo o cónego, a formação é também uma oportunidade para fazê-los sentir «a riqueza, a simplicidade e ao mesmo tempo as competências » inerentes ao exercício de um Ministério muito concreto. Um Ministério que, segundo referiu, tem duas vertentes: o participar nas assembleias litúrgicas e colaborar na distribuição da Sagrada Comunhão; e levar a Comunhão aos ausentes, concretamente aos doentes e a todos quantos estão impossibilitados de participar na eucaristia. A par do enquadramento deste Ministério na história da Igreja, os MEC são convidados a reflectir sobre a sua vida espiritual, sobre os rituais, a preparação das eucaristias e sobre a Palavra de Deus. «Focalizámos a dimensão da vida espiritual do MEC, a atenção à Palavra de Deus, atenção aos documentos da Igreja e à formação continuada», acrescentou. O responsável da Pastoral Litúrgica e Sacramentos referiu que um dos aspectos importantes da formação tem a ver com a visita aos doentes. «Reflectimos sobre os cuidados a ter quando visitam os doentes, procurando evitar que sejam meros distribuidores, mas que estejam conscientes do Deus que levam», disse. O facto de ser MEC significa também um desafio pessoal, já que o exercício desta missão pode constituir «um começo novo na sua vida individual como baptizados». A Formação termina em Fevereiro A próxima formação dos MEC está agendada para o dia 3 de Novembro, no Centro Paroquial de Barcelinhos, para os arciprestados de Barcelos e Esposende. No dia 17 de Novembro, no salão da Igreja Matriz de Fafe, a acção é dirigida aos arciprestados de Cabeceiras, Celorico, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Vieira do Minho. Em Famalicão, a formação está marcada para o dia 1 de Dezembro no Centro Paroquial e dirige-se apenas ao arciprestado de Famalicão. O Seminário do Verbo Divino em Guimarães recebe no dia 5 de Janeiro de 2008 a formação para os arciprestados de Cabeceiras, Celorico, Guimarães e Póvoa de Lanhoso. Segue-se Vila do Conde, no dia 19 de Janeiro, no salão paroquial das Caxinas, para os arciprestados de Esposende, e Vila do Conde/Póvoa de Varzim. O programa formativo termina no dia 17 de Fevereiro, no auditório de São Frutuoso – Seminário Conciliar de São Pedro e São Paulo, e destina- -se aos arciprestados de Amares, Braga, Cabeceiras, Fafe, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro e Vila Verde. Sem comunhão com o bispo e com o pároco, não há Igreja O primeiro fim-de-semana de formação para os Ministros Extraordinários da Comunhão (MEC) terminou ontem à tarde, na Sé de Braga, com uma Eucaristia presidida pelo Arcebispo Primaz. D. Jorge Ortiga agradeceu a disponibilidade dos MEC e, com base nas leituras bíblicas ontem proclamadas, e exortou-os a serem homens e mulheres de oração, permanecendo naquilo que aprendem. Disse também que «sem comunhão com o Bispo e com o pároco não há Igreja» e que esta comunhão deve existir com os crentes e não crentes. Um aviso que vale tanto para os MEC como para qualquer pessoa com tarefas eclesiais. As pessoas, concretizou, necessitam de Cristo na Eucaristia e na Palavra de Deus, nas celebrações, mas também necessitam d’Ele no diálogo, na solução de problemas, de conflitos familiares, por exemplo, contribuindo para o seu bem-estar. Isto obriga, acrescentou o Arcebispo de Braga, a conhecer a realidade, «sem curiosidade mórbida e, muito menos, crítica desconsiderativa». Lembrando que ontem se celebrava o Dia Missionário Mundial, D. Jorge Ortiga afirmou ainda que os MEC são enviados pelas suas comunidades – uma das suas tarefas é levar a Comunhão aos doentes impossibilitados de ir à igreja – para detectar situações em que falta o bem-estar, fazendo-o através duma proximidade de todos.