Jota/Joti em Martim angariou material para escuteiros de Angola

O agrupamento de escuteiros de Martim organizou este fim-de-semana o Jota/Joti no Núcleo de Barcelos, tendo aproveitado a ocasião para promover uma campanha de angariação de material escutista para Angola. Através do projecto denominado “Ging Gang Goolie”, que surgiu na sequência de um pedido de ajuda por parte de alguns agrupamentos da Associação de Escuteiros de Angola, espera-se recolher livros escutistas, camisas, calções, saias e calças, chapéus, boinas e bonés, lenços, meias, jarreteiras, cintos, insígnias sapatos e botas que vão ser enviados para os escuteiros angolanos. Segundo a chefe de Agrupamento de Martim, «esta campanha de âmbito nacional teve a adesão da base da Jota/Joti, que foi este ano em Lisboa, e nós achámos que era uma boa ideia e que se enquadrava perfeitamente no tema que nós escolhemos para a nossa actividade», isto é, a “Comunicação e Igualdade de Oportunidades”. «Aproveitando o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos, fazia todo o sentido colaborar com esta campanha», acrescentou Patrícia Sousa. Assim, salientou, vários escuteiros aderiram à iniciativa trouxeram material, sobretudo, lenços, camisas e muitos livros que agora vão ser enviados para os responsáveis nacionais pela campanha, que depois encaminharão, por sua vez, as doações para Angola. Sobre o Jota/Joti, Patrícia Sousa disse que coube este ano ao Agrupamento de Martim, que está a celebrar dez anos de actividade, organizar o evento a nível de Núcleo de Barcelos. A iniciativa, que acontece sempre no terceiro fim-de-semana de Outubro, tem como objectivo pôr os escuteiros de todo o mundo a comunicar entre si, usando o rádio amador e a internet. Ao longo deste fim-de-semana, os cerca de 300 escuteiros que estiveram em Martim estabeleceram inúmeros contactos. Pela internet as mensagens foram enviadas para todos os cantos do mundo. E, através do rádio amador foram estabelecidas comunicações com escuteiros de todo o país, do Brasil, da Suécia, da Inglaterra e de Espanha. «Mas, nós não queríamos só o Jota/Joti. Queríamos mais. E, por isso, pensámos que, estando nós a comemorar o décimo aniversário e sabendo que se está a assinalar o Ano Europeu da Igualdade de Oportunidade para Todos, devíamos aprender a comunicar com todos», disse a chefe de Agrupamento de Martim. Assim, foram convidadas a participar nesta iniciativa a ACAPO, a Associação de Surdos de Braga, a Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga e a Associação de Deficientes de Braga, que levaram até Martim diversas actividades que cativaram os escuteiros. Cada uma destas instituições teve o seu “stand”, dando a conhecer aos jovens e ensinando-os, por exemplo, linguagem gestual e Braille. «Também tivemos os jogos baseados no Jogo do Quim, que é tipicamente escutista, adaptados aos vários sentidos. Ou seja, os escuteiros iam fazer o jogo e tinham a falta de um dos sentidos para experimentarem as dificuldades que as pessoas com deficiência sentem no dia-a-dia», contou.

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