Guimarães mostra retrospectiva da Penha

O elevado número de visitantes registado até ao momento levou a organização da exposição retrospectiva “Penha: Memória e História” a prolongar a mostra, até final do corrente mês, na Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães. De acordo com os promotores, a exposição retrospectiva “Penha: Memória e História” tem conquistado um elevado interesse e exercido um enorme fascínio nos vimaranenses e turistas. Com efeito, a mostra retrospectiva sobre diversos aspectos ligados à Penha, que torna acessível ao público a história e o valioso património da Montanha vimaranense, tem registado uma assinalável procura e afluência de visitantes. Por isso, a Irmandade de Nossa Senhora do Carmo da Penha e a Sociedade Martins Sarmento decidiram prolongar a mostra até final do corrente mês de Outubro, permitindo, desta forma, que muitos mais vimaranenses vejam de perto um notável conjunto fotográfico, bibliográfico, artístico e arqueológico. Assim, este ano, a Irmandade de Nossa Senhora do Carmo da Penha tem mais um motivo para se orgulhar do seu percurso, da sua história e do seu património, que deseja, cada vez mais, partilhar com os vimaranenses. Recorde-se que, este ano, se celebram os 60 anos da inauguração do Santuário; completam-se 140 anos sobre a primeira reunião de instalação da instituição, cujos estatutos foram publicados em 1872, para honrar o culto religioso devido à imagem de Nossa Senhora do Carmo da Penha, existente na sua Ermida. Assim, completam-se também 135 anos da publicação dos estatutos e celebram-se, ainda, 80 anos da realização do II Congresso Eucarístico Nacional, em Guimarães. Conforme escreve Armindo Cachada no catálogo da exposição – uma obra que também pode ser adquirida na Sociedade Martins Sarmento e na Irmandade de Nossa Senhora do Carmo da Penha – «A montanha da Penha ou Serra de Santa Catarina, desde há séculos que exerce um estranho fascínio sobre as gentes da cidade de Guimarães e de toda a região envolvente. (…) Trezentos anos depois da chegada do Ermitão Guilherme Marino e do estabelecimento da devoção a Nossa Senhora da Penha, a montanha continua a ser um local privilegiado de atracção de visitantes, que ali acorrem aos milhares, principalmente nos fins-de-semana de Verão. A Penha é um local de memória e de história que a presente exposição procura revelar nos seus diferentes aspectos: arqueológico, documental, fotográfico, museológico e bibliográfico. A mostra arqueológica desvenda-nos a ocupação da montanha nos tempos pré-históricos e as primitivas formas de vida dos mais antigos habitantes da nossa região». Ainda naquela mostra, a documentação histórica mais recente, guardada no Arquivo Municipal, revela os passos dados pelo Ermitão Guilherme Marino, junto das instituições locais e régias, na ocupação da montanha da Penha e a instituição, aí, da devoção a Nossa Senhora da Penha, bem como a constituição da Irmandade de Nossa Senhora do Carmo e da Comissão de Melhoramentos da Penha, entidades que, ao longo de mais de cem anos, promoveram a devoção religiosa e o desenvolvimento urbanístico da montanha. A mostra fotográfica regista, em imagem, a evolução urbanística da montanha e a intensa movimentação religiosa que aí se verificou a partir do último quartel do século XIX. A exposição apresenta, ainda, algumas peças emblemáticas que pertencem à Irmandade da Penha e foram utilizadas no culto religioso na montanha.

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