Chipre: cristãos pedem intervenção da UE

O Arcebispo da Igreja Ortodoxa no Chipre, Chrysostomos II, manifestou a sua preocupação com a destruição de edifícios históricos no Norte da Ilha. Nesse sentido, decidiu abrir uma representação da Igreja cipriota em Bruxelas, esperando assim que seja a Europa a examinar o problema. O líder da Igreja cipriota indicou o futuro Bispo Porfirios como chefe da delegação. Ementrevista à agência italiana ANSA, Chrysostomos adiantou que participará no encontro inter-religioso organizado pela Comunidade de Santo Egídio em Nápoles, no dia 21 de Outubro, com a presença do Papa. Para reunificar Norte e Sul, reconciliar a população e criar um país unido, o líder da Igreja cipriota sugere que a comunidade internacional, através da União Europeia e da ONU, encarregue especialistas de elaborar uma Constituição que possa ser aceite ou imposta às duas comunidades. Todas as tentativas feitas até agora neste sentido fracassaram, inclusive um plano elaborado pelo ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan. Os edifícios religiosos do Norte são 520 igrejas, sinagogas, capelas, e mosteiros. 133 destes templos foram transformados em arsenais ou discotecas, 78 em mesquitas islâmicas, 28 são usados para fins militares e 13 como depósitos de hospitais. Chrysostomos pede à UE a autorização para restaurá-los, que os antigos monges, expulsos pelo regime possam regressar ao Mosteiro de São Barnabé, e que os 286 milhões de Euros destinados pela União à comunidade turco-cipriota sejam também empregues no restauro de espaços religiosos, pelo menos dos mais danificados. “A recuperação dos espaços cristãos é um problema de liberdade religiosa e se os turcos quiserem entrar na UE devem respeitar a liberdade e os direitos de todos”, indicou. Departamento de Informação da Ajuda à Igreja que Sofre

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