Viseu: Diocese recebeu lista com cinco nomes, relativos a casos tratados canonicamente e entregues ao Ministério Público

Bispo renova «pedido de perdão a todas as vítimas»

Viseu, 08 mar 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Viseu informou hoje que recebeu uma lista com cinco sacerdotes, identificados pela Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, relativos a casos anteriormente “tratados segundo as normas aplicáveis”.

“Todos estes já eram do meu conhecimento e já tinham sido tratados segundo as normas aplicáveis quer a nível canónico quer a nível civil, tendo também sido entregues ao Ministério Público”, indica D. António Luciano, bispo local, em nota enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O documento surge na sequência da entrega de uma lista, pela CI, aos responsáveis católicos de Portugal, no último dia 3 de março, com nomes de alegados abusadores, referidos nos testemunhos recolhidos pelo relatório final desta comissão, apresentado publicamente no dia 13 de fevereiro.

Esta comissão fez chegar à Diocese de Viseu “uma lista onde constam cinco nomes de sacerdotes”.

“Em nome de toda a Diocese, renovo o pedido de perdão a todas as vítimas de qualquer abuso na Igreja e expresso o compromisso de todo o cuidado e apoio às mesmas, empenhando-me no acompanhamento e prevenção, continuando a ‘dar voz ao silêncio’”, escreve o bispo diocesano.

As famílias devem saber que a Igreja não poupa esforços para tutelar os seus filhos e têm o direito de se dirigir a ela com plena confiança, porque é uma casa segura”.

D. António Luciano deixa uma mensagem às vítimas de abusos cometidos por membros da Igreja Católica, comprometendo-se a “continuar a acompanhar e a dar as melhores respostas”.

a Comissão Diocesana de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis foi criada, em Viseu, a 13 de fevereiro de 2020, incluindo um juiz de direito, um advogado, uma médica pediatra, uma médica pedopsiquiatra, uma psicóloga clínica, um professor e uma técnica de serviço social.

“Também no Decreto de constituição constava um sacerdote canonista, que, por prudência, pediu a sua não participação nos trabalhos da Comissão, o que foi julgado muito oportuno e foi aceite por todos”, acrescenta a nota.

O Vaticano disponibiliza desde 2020 um “vade-mécum” para ajudar os bispos e responsáveis de institutos religiosos no tratamento de denúncias de abusos sexuais de menores.

OC

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Agência ECCLESIA

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