Pedido de entrevista foi dirigida à diocese, visitada duas vezes pelo grupo de investigação histórica, por ocasião da mudança de bispo
Setúbal, 15 fev 2023 (Ecclesi) – A Diocese de Setúbal informou em comunicado que, em diálogo com a Comissão Independente, concluiu que uma “falha de comunicação” entre as duas estruturas impediu a realização da entrevista sobre os abusos sexuais com o atual administrador diocesano.
“Falando com Ana Nunes de Almeida, membro da Comissão Independente, concluiu-se que houve certamente uma falha de comunicação neste tempo de transição, afirmando a socióloga não ter havido qualquer indício de recusa do Padre José Lobato em ser entrevistado”, refere a Diocese de Setúbal em comunicado, referindo-se à mudança de bispo diocesano.
No dia 28 de fevereiro, D. José Ornelas foi nomeado bispo de Leiria-Fátima, quando era o responsável por Setúbal, onde permaneceu como administrador diocesano até 13 de março e um dia depois foi eleito para o cargo o padre José Lobato.
“Face às notícias que têm sido veiculadas, referindo-se à ausência ou recusa de resposta do Administrador Diocesano de Setúbal à Comissão Independente, a Diocese de Setúbal esclarece que o atual Administrador Diocesano, Padre José Lobato, nunca recebeu, para a realização de uma entrevista, qualquer contacto da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa”, indica a Diocese de Setúbal.
O comunicado refere que o Relatório Final da Comissão Independente indica que “o primeiro convite da Comissão Independente foi lançado a 25 de fevereiro de 2022 e o segundo a 17 de março do mesmo ano, datas que coincidiram, na Diocese de Setúbal, com a mudança de D. José Ornelas para a Diocese de Leiria-Fátima”, que recebeu os dois convites para a entrevista, “um na qualidade de Administrador Diocesano de Setúbal (em fevereiro) e outro na qualidade de Bispo de Leiria-Fátima (em março)”.
A respeito da consulta dos Arquivos Diocesanos, o comunicado esclarece que os contactos foram feitos com o padre José Lobato, que “recebeu o grupo de historiadores em Setúbal, por duas vezes, abrindo totalmente os arquivos para que pudessem levar a cabo o seu trabalho”.
PR